Dennes 15 anos atrás
Com muito atraso, finalmente vou conseguir relatar a vocês, comunidade do MeioBit, tudo que aconteceu no TechEd Brasil, detalhe por detalhe. Finalmente consegui extrair as fotos do meu celular e vou começar os relatos.
Um dia antes do evento a Microsoft convidou alguns colaboradores para um evento que é realizado periodicamente chamado Community Zone.
O último Community Zone foi maior, mais amplo (e não peçam porque não conto onde na web está o vídeo em que eu apareço), este porém, devido a proximidade do TechEd, foi basicamente um jantar com algumas apresentações.
Diego Neufert e Marcelo Pauli (ambos MVPs, Most Valuable Professionals, não achei o blog do Marcelo) foram premiados pela gravação que fizeram de vídeos para o Microsoft Experience, novo e excelente recurso para aprendizado das tecnologias Microsoft (Porém meus vídeos também não deixam nada a dever). Espero não ter esquecido ninguém, pois cheguei tipicamente atrasado. Leo Tolomeli publicou detalhes e fotos do Community Zone.
Houve muito contato de membros da comunidade com a INETA e com o Culminis. Ambos são organizações internacionais que apoiam grupos de usuários, respectivamente grupos de usuários de desenvolvimento e grupos de usuários de infraestrutura.
Cada uma destas organizações fornece diferentes recursos aos grupos de usuários apoiados por elas, permitindo a criação de uma grande comunidade em todo o país.
Ambas as organizações encontram-se com muitas novidades : Enquanto a INETA mudou toda sua liderança (espero não estar falando demais), o que me motivou a cadastrar novamente o devASPNet, que lidero, o Culminis está aberto a grupos de usuários de TI de qualquer área, não precisando ser necessáriamente Microsoft. Aqui no Rio temos os grupos getWindows e devSQL apoiados pelo Culminis.
Durante o TechEd, por exemplo, auxiliei no contato entre o NUI, que estava participando das demonstrações de interoperabilidade no stand da Novell, e o Culminis. Acredito que muitos trabalhos legais vão sair dai e já começamos com o Interoperability Day, um dia de eventos com funcionários da MS e da Novell mostrando a interoperabilidade entre os sistemas. Qualquer faculdade interessada pode entrar em contato comigo e procuro organizar, da minha parte sem custos.
No momento o Culminis encontra-se realizando o CLT - Community Launch Training, um treinamento preparatório dos líderes das comunidades de usuário com o objetivo de que realizem eventos de lançamento dos novos produtos, Windows Server 2008, Visual Studio 2008 e SQL Server 2008, através de todo o país. Mais uma vez, trata-se de uma atividade voluntária, qualquer universidade que deseje sediar um destes eventos de lançamento pode entrar em contato com o grupo de usuários de TI local e terá esta oportunidade. Em caso de dúvida, podem me contactar e encaminho para as pessoas certas.
A todos que desejam participar desta grande comunidade minha recomendação : Procurem primeiramente o grupo de usuários local, conversem com o líder do grupo e procurem criar atividades e agitar o grupo de usuários local. Se não houver grupo de usuários local, criem o próprio grupo de usuários de vocês.
Na foto abaixo, vocês podem ver Vicki Tomich, líder do Culminis na américa latina, Dave Sanders, presidente do Culminis, eu e Emílio Mansur, representante nacional do Culminis.
Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente os curitibanos, Daniel Oliveira, com quem tive o prazer de fazer o webCast sobre workFlow foundation, que ficou excelente, e Guilherme, ambos MSPs (Microsoft Student Partners) de curitiba.
Tivemos a oportunidade de conversar sobre a dificuldade dos MSPs em obterem material, apoio e boa indicação de como orientar uma célula acadêmica, então indiquei a eles o vídeo que produzi, que fala justamente sobre isso. Eles realmente não tinham assistido, o que farão em breve, assim como outros membros de grupos de Belém e do sul da Bahia.
Por outro lado tive a tristeza de saber que alguns membros da comunidade muito manés apesar de dizerem ter gostado da idéia afirmaram que não implementariam por ter sido criada por mim (eu não sou um sujeito muito querido em alguns circulos). É uma pena que algumas pessoas ainda tenham mente tão pequena, a ponto de rejeitar boas idéias por motivos políticos.
Ao final da noite estavamos Diego, Marcelo, Daniel, Guilherme, Juliana (MSP), e mais uma pessoa que infelizmente não lembro o nome debatendo sobre diversos assuntos.
Conversamos sobre as novidades do ASP.NET 3.5, algumas, mas não muitas, um listView com recursos de agrupamento, por exemplo. Diego me contou sobre a idéia do lançamento do ASP.NET 4.0 ASP.NET 3.5 Extensions e a possibilidade das versões de ASP.NET não acompanharem mais as versões do framework.
Mas o que o ASP.NET 4.0 ASP.NET 3.5 Extensions terá de novo ? MVC Framework, que Scott Gu tem documentado muito bem em seu blog, e o Dynamic Data Support que imediatamente identifiquei como sendo o BLinq, do qual não tivemos nem sinal neste lançamento do framework 3.5.
Considerando-se o MVC Framework e a criação do DLR, começamos divagações sobre qual o motivo destas implementações no Framework .NET. Será que as linguagens dinâmicas tinham assim tantas vantagens adicionais sobre as linguagens tradicionais ? Será que o MVC fazia tanta falta em comparação com o code-behind ? Uma metodologia como a demostranda neste vídeo realmente não resolveria ?
É claro que regados a chopps noturnos esses questionamentos não chegariam a lugar algum. Mas com um empurrãozinho do Israel Aéce (MVP) no dia seguinte, levantamos primeiramente a questão da própria Microsoft estar simplesmente mostrando os novos recursos, sem deixar clara sua vantagem, quando mesmo nos tutoriais do Scott Gu o que vemos é um retorno ao velho modelo de código e tags mesclados, o que não nos anima nem um pouco.
Por outro lado levantamos também a possibilidade de ser simplesmente uma tentativa da Microsoft de conquistar os adeptos do fenômeno Ruby on Rails, trazendo o IronRuby e o MVC para o ASP.NET. Porém observamos que seria uma estratégia errada, porque não é a falta de um ou outro recurso que leva as pessoas a migrarem para o Ruby, mas sim a dificuldade do entendimento teórico do ciclo de vida de uma página ASP.NET, entre outros conceitos, que para os velhacos que acompanham tecnologia desde a era das BBSs são mamão com açucar, mas para os novatos na web se tornam conceitos complexos. Mais valeria um investimento na transmissão de conhecimento da tecnologia do que na cópia de recursos que, em meio há inúmeras controvérsias, talvez não tragam ganho técnico para o ambiente, sejam simplesmente uma cópia.