Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
André Borschberg e Bertrand Piccard são dois visionários e aventureiros. Diferente de muitos ecochatos que vivem pregando que combustíveis fósseis são a causa de tudo que há de mal no mundo e não fazem nada a respeito, eles já provaram mais de uma vez que um aeroplano movido a energia solar pode ser viável.
Através da joint que fundaram, a Solar Impulse, em 2010 realizaram o primeiro teste de voo, indo de uma ponta a outra da Suíça em dois dias (não exatamente rápido, mas hey, tudo tem um começo) com o aeroplano da foto, o HB-SIA, de 63,4 metros de envergadura e equipado com quase 12 mil células solares e tão somente. No ano passado realizaram um voo mais ousado, de Madri até Rabat, capital do Marrocos, em 19 horas, numa velocidade média de 58 km/h.
Agora agendaram um novo voo, cuja meta é ir de uma costa à outra dos Estados Unidos, partindo de San Francisco em 01/05 próximo rumo à Nova Iorque, com paradas em Phoenix, Dallas, Atlanta (ou St. Louis) e Washington. A ideia é ficar 10 dias em cada ponto dando palestras à alunos sobre voo movido à energia solar. Claro, ele seria capaz de fazê-lo em três dias sem paradas, mas não vão arriscar seu brinquedinho, avaliado em US$ 112 milhões. Terminado essa etapa, o próximo desafio é realizar um voo ao redor do mundo.
É um começo, mas acredito que no futuro tentarão torná-lo mais rápido e prático; com altura máxima de cruzeiro de 8500 metros e velocidade média de 70 km/h (e decola a uma velocidade de 44 km/h), não é o ideal para voos comerciais de larga escala, mas seria interessante para voos particulares, já que HB-SIA é bem leve, apenas 1,6 t (apesar das asas enormes).
Fonte: Ars Technica.