Carlos Cardoso 10 anos e meio atrás
Depois de testar inicialmente o Netflix meio que deixei de lado. Em um momento de esnobação geek achei vários defeitos; não era HD, as legendas não eram consistentes –em alguns casos nem dava pra desativar- e o acervo tinha várias falhas. Não tem todos os filmes de Star Trek, por exemplo.
Um dia, sem séries pra assistir, com a TV cheia de nada interessante, resolvi dar outra chance. Comecei a fuçar no peculiar sistema de buscas do Netflix, achei o anime do Homem de Ferro, e acabei assistindo tudo de uma sentada só. (no bom sentido).
Quando vi estava assistindo filmes que tinha em DVD. Era mais prático abrir o Netflix no segundo monitor do que levantar, catar DVD, esperar menus entrarem e então botar pra tocar.
Percebi também que a minha implicância com o acervo irregular partia do princípio que o Netflix deveria ser um serviço incrível e impossivelmente completo, quando isso não existe. O Netflix passou a fazer sentido quando eu o entendi como a locadora do bairro.
Minha locadora tinha Vida de Brian e Cálice Sagrado, mas NENHUM OUTRO filme do Monty Python. Tinha só alguns Jornadas nas Estrelas e levou meses para ter Jurassic Park, pois a fita (é, fita!) estava cara demais.
A graça não era chegar e pegar filmes chapa-branca, a diversão era ir com os amigos, achar pérolas cinematográficas no meio dos filmes que ninguém via, e repassar pros amigos.
Hoje eu entendo o Netflix assim, com a vantagem de poder acessar as novidades, sem fila de espera, mas isso é um “plus a mais”. O acervo do dia-a-dia é muito melhor de “folhear” sem pretensão.
Vale os R$15,00? Agora vale. Antes não valia.
Ah sim, e agora eles estão com um recurso novo, para facilitar a vida dos maratonistas: Quando você assiste um episódio de uma série, ao final ele reduz a tela, corta o final dos créditos e já começa a passar o próximo episódio.
Pode parecer pouco, mas quando você não tem controle remoto, como meu caso (assisto no PC) fica bem mais´prático, veja: