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Deixa pra depois...

Vários serviços na Web permitem deixar para depois a textos e vídeos. Como isso será consumido?

14 anos atrás

Uma reclamação constante de quem assina vários feeds é a avalanche de posts recebidos diariamente e o insistente "+1000 unread itens" que sempre nos lembra fracasso. Pior, muita coisa boa passa despercebida em meio a posts de imagens de algum (n+1)chan traduzidas e com marca d'água nova e vídeos repetidos por 345 blogs. Não raro, nos vemos marcando com estrelas e usando outros artifícios do tipo para salvar conteúdo interessante para ler depois.

Essa separação arcaica funciona e tem fundamento, tanto que dessa premissa, a de salvar conteúdo para consumo posterior, surgiram serviços dedicados a tal função. De cabeça, me lembro do Read It Later e do Instapaper, dois ótimos exemplos, e mais recentemente, a inclusão do botão "later" no Vimeo, obviamente, para salvar vídeos para depois.

Tal profusão de serviços que adiam o consumo de material publicado na Web mostra o volume às vezes mata a predisposição para ler ou assistir coisas mais elaboradas e, principalmente, mais longas. Eu mesmo assumo: tudo quanto é texto grande que vejo salvo no Instapaper para ler depois. O problema? Quando é esse "depois"?

Uma saída é fugir do computador para consumir isso tudo. O Instapaper, por exemplo, "conversa" com outros equipamentos, e no meu caso tenho usado a dobradinha com o Kindle para ler tudo que salvo nele. Funciona bem. Mais que bem, para ser sincero, já que a tela do Kindle sobra em qualidade e conforto visual quando comparada a um LCD comum. O Vimeo, junto ao botão "later", apresentou um novo código de embarcação baseado em iframe. Motivo? Compatibilidade com dispositivos iOS. Não só: os caras firmaram parceria com o Roku, que produz set-top boxes. Encontre vídeos legais no PC, assista-os depois no conforto da TV.

Após cada equipamento evoluir à sua maneira e de forma relativamente isolada, chegou a hora de juntá-los todos e usar cada um com uma finalidade específica. Pode parecer um contrasenso com o tema convergência em voga (como sempre, aliás), mas a mim faz bastante sentido. Afinal, é como diz aquele velho ditado: cada gadget no seu galho.

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