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Wrath: Aeon of Ruin, o novo jogo da 3D Realms

Criado com a lendária Quake Engine, Wrath: Aeon of Ruin é um FPS à moda antiga e que será lançado para PC, Xbox One, PS4 e Nintendo Switch.

5 anos atrás

E enquanto boa parte das desenvolvedoras se esforçam para entregar os gráficos mais realistas possíveis, com efeitos de iluminação impressionantes, texturas com altíssima resolução e simulações de física de cair o queixo, a 3D Realms é um estúdio que parece não ter vergonha de estar tentando voltar para a década de 90.

Depois de nos presentear no ano passado com o divertido Ion Maiden, a empresa havia dito que esta semana revelaria seu novo projeto e agora sabemos que o título em questão é o Wrath: Aeon of Ruin. Desenvolvido com a lendária Quake Engine, este é o primeiro jogo em duas décadas a utilizar tal kit de desenvolvimento e por mais incrível que possa parecer, o FPS que será lançado no nosso próximo inverno não chegará apenas para PC, mas também para Nintendo Switch, Xbox One e PlayStation 4.

Porém, não se engane achando que o novo game aproveita somente a parte visual para prestar homenagem a clássicos como Duke Nukem 3D, Doom ou o próprio Quake. Altamente focado na ação, Wrath: Aeon of Ruin até contará com elementos mais modernos para tornar a jogabilidade mais agradável, mas a intenção dos envolvidos na criação é entregar um jogo que nos remeta diretamente àquela época. Para isso eles contrataram alguém habituado a criar modificações usando a engine.

Tudo o que sentimos falta em relação à era clássica meio que foi perdido agora, com os jogos de tiro em primeira pessoa modernos e nós meio que queremos trazer isso de volta,” explicou Frederik Schreiber, vice-presidente da 3D Realms. “O Ion Maiden foi basicamente o reinicio da nossa linha do tempo, nós basicamente voltamos para 1996. Para o Wrath, na verdade nós tropeçamos em um modder conhecido como 'Killpixel', que trabalhou num mod para o jogo. Existem muitas modificações para o Quake por aí, mas as coisas dele parecem surpreendentemente legais. Decidimos trabalhar com ele e desenvolver o jogo ainda mais, contratando as pessoas que conhecem o Quake e que na verdade trabalham na engine desde aquela época, tudo para reunir o verdadeiro sucessor espiritual a o que o Quake original era nos anos 90. Este é também o primeiro grande jogo que a 3D Realms fez internamente em mais de uma década.

No game assumiremos o papel de um Outlander, um sujeito que está perdido nas ruínas de um mundo muito antigo e que em determinado momento recebe a missão de derrotar diversas divindades e monstros que atormentam o lugar. Para alcançar o objetivo obviamente contaremos com uma grande quantidade de armas bizarras e poderes mágicos, tudo para tentarmos vencer os 15 estágios que estarão espalhados por três capítulos.

Entre as novidade de mecânicas implementadas no Wrath: Aeon of Ruin temos por exemplo o Soul Tether, um artefato que servirá para salvarmos o progresso e ressurgir quando morrermos. Como o item precisará de relíquias para ser utilizado, isso fará com que tenhamos que pensar bastante antes de o colocarmos no cenário. A ideia promete adicionar uma boa dose de estratégia e desafio ao jogo, o que é sempre bem vindo.

Já na parte visual podemos esperar várias melhorias na Quake Engine, como estágios muito maiores que nos exigirão algo entre 45 minutos e uma hora para serem completados, e uma jogabilidade mais veloz. Mesmo assim a 3D Realms optou por limitar o framerate do jogo a 666 FPS, já que as máquinas atuais poderiam passar facilmente dos 1.000 FPS.

Não sei você, mas eu acho isso lindo!

Para quem cresceu jogando este tipo de FPS, não será uma surpresa ter que enfrentar uma legião de inimigos poderosos, muitos deles presentes em salas pequenas ou corredores estreitos, o que exigirá muito reflexo e uma incessante busca por armas cada vez mais poderosas. Essa simplicidade pode parecer um ponto negativo, mas se considerarmos que os títulos em que o Wrath: Aeon of Ruin se inspirou ainda hoje são muito divertidos, acredito que algo muito bacana possa surgir deste projeto.

No entanto, o mais legal nisso tudo é saber que mesmo se esse título se tornar um grande sucesso e outros estúdios decidirem seguir os passos da 3D Realms, a indústria se tornou tão grande que ainda haverá espaço para jogos de tiro em primeira pessoa mais complexos, permitindo assim que ainda possamos intercalar um tiroteio mais “cabeça” com a boa e velha prática de atirarmos em tudo o que se mover.

Fonte: Destructoid.

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