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A verdade nua e crua dos cartões de memória

Tamanho não é documento nem entre cartões de memória: gerente de produtos da Lexar lista os verdadeiros fatores que fazem um micro-SD melhor que outro.

7 anos e meio atrás

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Fato: cartões de memória não são iguais. A gente até que já sabe disso, visto que as categorias impressas nos SD e micro-SD já indicam a diferença entre o joio e o trigo (desde que você compre da mão de fornecedores idôneos). Nem falo sobre armazenamento em smartphones, mas profissionais de fotografia, como o Gilson dependem de cartões de qualidade para não ficarem na mão e perderem horas de trabalho.

Só que faltava alguém de dentro explicar as nuances e diferenças dos cartões e outros métodos de armazenamento. E Steffi Ho, gerente de produtos da Lexar esclareceu algumas coisas em uma entrevista recente.

Ho esclareceu o ponto mais óbvio, mas que muita gente ignora: a capacidade não é o fator determinante para ditar qual cartão é melhor que o outro, e sim sua velocidade de leitura e escrita de dados. Entretanto, mesmo esse quesito possui diferenças cruciais. A velocidade de transferência da dados do cartão para outra unidade de armazenamento deve ser alta, mas o foco para produzir um cartão de qualidade está em sua capacidade de gravar dados rapidamente. O grande problema é que, por ser o fator crucial, a velocidade de escrita nem sempre é marketeada quanto às de leitura e transferência. Logo, uma pessoa desavisada pode levar para cara um cartão que promete que você vai descarregar suas fotos rapidinho, mas na hora de salva-las é pior que uma lesma.

Segundo Ho, é por isso que a atenção deve ser dada principalmente às classes quando é hora de comprar novos cartões. Os de classe 10 certificados garantem uma velocidade de escrita de 10 MB/s, e assim também são os cartões UHS ou UHS-II. Já os U3 alcançam velocidades de até 30 MB/s, o suficiente para não deixar um fotógrafo esperando entre um clique e outro.

Quando pulamos de câmeras fotográficas e partimos para filmadoras 4K, a velocidade de gravação com qualidade e sem perdas é essencial. Cartões com classes baixas colocam em risco todo o processo de produção de profissionais e por causa disso, geralmente cartões SD de alta fidelidade são bem mais caros (ainda que acessíveis) do que todo o resto. Mas é um custo que faz diferença, confiabilidade é tudo nesse ramo.

Já os cartões de alta performance, como os micro-SDXC UHS-II da própria Lexar e outras marcas não são baratos. Um de 128 GB custa em torno de US$ 127 e acredite, o profissional paga porque perder as fotos implica em um prejuízo MUITO maior.

Ho afirma que é importante que os consumidores se atentem hoje a esses pormenores, mesmo os que desejam apenas um cartão de alta capacidade em seus smartphones. Cada vez mais temos gadgets que tiram melhores fotos e filmam em 4K, logo perder dados por causa de um cartão ruim é incômodo. E com o tempo essas mídias se tornarão mais acessíveis.

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Além de garantir que o cartões da Lexar são duramente testados, Ho lembrou dos formatos de altíssima performance para fotógrafos profissionais como os cartões Compact Fast dos formatos CFast e XQD. Embora ainda não sejam largamente utilizados, ambos já caminham para substituir por completo o formato CompactFlash nos próximos anos. A alta confiabilidade e a excelente performance (cartões XQD gravam fotos a 440 MB/s, já os mais avançados CFast chegam a 540 MB/s) fará deles os preferidos dos fabricantes no futuro, mas o gerente de produtos aponta um problema em relação ao CFast: sua velocidade de escrita é teoricamente limitada a 600 MB/s, enquanto o XQD poderia chegar a 1.000 MB/s.

Ho acredita que o XQD pode no futuro tomar a dianteira, visto que hoje o CFast está na frente. A Lexar, qua fabrica ambos formatos de cartões teria nesse cenário uma vantgem, visto que SanDisk e Kingston só trabalham com o outro formato. O grande limitador hoje é o fato de que nenhuma câmera consegue aproveitar 100% de nenhum dos dois tipos de cartões, mas isso vai mudar.

Enfim... no que diz respeito a cartões SD e micro-SD, é sempre bom ficar de olho na categoria e caso julgue necessário, economizar alguns tostões para adquirir um mais potente. Já os profissionais da fotografia devem se atentar principalmente à evolução dos cartões XQD, se de fato o desenvolvimento do CFast empacar.

Fonte: Digital Trends.

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