Rodrigo Ghedin 14 anos atrás
E-readers, os leitores de e-books, formam um dos nichos mais disputados e aclamados em 2010. O Kindle, da Amazon, finalmente tornou o negócio conhecido e popular, e na cola dele vieram vários outros, incluindo a Apple com seu iBook associado ao iPad.
Que eles representam uma revolução acerca da milenar atividade da leitura, não há dúvidas. Mas, na prática, qual o impacto dessa quebra de paradigma? Como as pessoas que leem num dispositivo eletrônico reagem à experiência? O quão melhor ou pior é ler um livro no iPad ou Kindle em relação ao papel?
Visando responder essas e outras perguntas, o Nielsen Norman Group reuniu um grupo de 24 voluntários para avaliar as reações dele à leitura em quatro dispositivos: papel, iPad, Kindle e PC. O estudo está documentado aqui, e vale a leitura. Os resultados mais importantes, você confere na sequência.
A pesquisa consistiu na leitura de um pequeno conto de Ernest Hemingway, lido nas quatro plataformas por todos os participantes, que, aliás, são pessoas que cultivam o hábito da leitura.
A primeira constatação refere-se à velocidade de leitura. Em relação ao papel, iPad e Kindle são 6,2% e 10,7%, respectivamente, mais lentos para serem lidos do que o equivalente em papel. A diferença entre ambos é insignificante dada a amostragem da pesquisa, e a conclusão é de que, não, ainda não batem os livros de papel. Uma revelação e tanto, não?
Outro aspecto estudado foi o grau de satisfação dos leitores após cada experiência. Aqui, os pesquisadores pediram às cobaias aos pesquisados que atribuíssem uma nota de 0 a 7 para cada experiência, sendo 7 a melhor nota. O iPad (5,8) foi o melhor, seguido de perto pelo Kindle (5,7) e livro de papel (5,6). Em último lugar, sem muita surpresa, apareceu o PC, com a fraquíssima nota 3,6.
Nesse último teste saíram alguns comentários interessantes. Os entrevistados disseram, dentre outras coisas, que não gostaram do peso do iPad e sentiram falta de paginação real. O mais bacana, porém, foi eles terem dito que o livro em papel foi o mais relaxante de todos, e o PC, o menos, por lembrá-los trabalho.
Parece que a estante abarrotada de livros ainda perdurará durante algum tempo antes de ser substituída por um gadget.
Fonte: Lifehacker.