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Adolescente vai em cana por apoiar o ISIS no Twitter

Tolerância Zero: jovem dos EUA é condenado a 11 anos de prisão por utilizar o Twitter para apoiar e recrutar membros para o ISIS

9 anos atrás

achmed

Desde o 11 de setembro os Estados Unidos se enfiaram numa Guerra Santa (por mais irônico que seja, é bem o que parece) contra o terrorismo, uma frente que muitos entendem ser virtualmente impossível de ser vencida. O país mergulhou numa paranoia enorme e justificada que qualquer piadinha é levada extremamente a sério, aquele idiota é um bom exemplo disso.

As redes sociais também não escapam da vigilância. Ano passado vimos o caso de uma adolescente holandesa que ouviu um justo “Teje presa” depois de mandar um trote para a American Airlines. A empresa aérea, que como todas está no modo Tolerância Zero mandou a mensagem para o FBI, que também não gosta de pegadinhas. Resultado, cadeia nela e dane-se se você mora na Europa ou é menor de idade.

Só que há o outro lado, o uso das redes sociais pelas células terroristas para diversos fins, como levantar fundos e recrutar membros. O ISIS, por exemplo é um dos que se vale dos meios digitais para angariar novos membros, embora às vezes isso possa não dar muito certo. Ainda assim não é tão difícil encontrar contas de simpatizantes por exemplo no popular site de microblogstm, se valendo da boa e velha engenharia social.

Só que como eu disse os EUA estão no regime Tolerância Zero. Foi o descobriu Ali Shukri Amin, um jovem de 17 anos que vai passar os próximos 11 anos vendo o Sol nascer quadrado.

O tal jovem que mora no estado da Virgínia possuía uma conta no Twitter relativamente popular, que contava com cerca de 4.000 seguidores. Em seu perfil ele postava mensagens positivas a respeito do ISIS, e também utilizava a ferramenta para recrutar militantes e angariar fundos para a organização terrorista.

Claro, não podia dar em outra coisa senão cadeia. Amin foi julgado duramente pelo Departamento de Justiça norte-americano, respondendo a crimes como postar tutoriais sobre enviar bitcoins para a causa e ter auxiliado outro jovem a viajar para a Síria, tendo se alistado ao ISIS. No fim das contas ele recebeu uma sentença de 136 meses de reclusão, e após ser solto terá seus hábitos e conexão à internet monitorados pelo resto de sua vida. Na minha opinião saiu barato, o juiz levou em conta sua idade e seu registro criminal imaculado até então para aplicar uma pena mais suave.

Embora não haja evidências de que o simpatizante do ISIS tenha participado de quaisquer ações violentas, pesa contra ele o fato de ter realizado atos de terrorismo em solo norte-americano. O FBI lamentou o fato do país ter perdido um jovem promissor para o terror (Amin estava entre os melhores alunos de seu colégio), mas avisa que vai continuar combatendo o terrorismo internamente de forma dura.

Portanto fica o aviso: os EUA não vão pegar leve com ninguém em nenhum momento e mesmo na internet alguém estará sempre de olho, seja você jovem ou adulto.

Fonte: DoJ.

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