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Mr Paul Aiken, vá para o Inferno

15 anos atrás

Calma. Paul Aiken não é ninguém que você goste.

Ele é Diretor-Executivo do Sindicato dos Escritores, nos EUA, e está preocupado com direitos autorais, propriedade intelectual, etc.

Não deveria, livros vão muito bem, obrigado. Nós que amamos livros fazemos questão de pagar, inclusive por cópias boas, caras e de capa dura. Mesmo leitura eventual vai bem, vide máquinas de vendas de livro no Metrô (brasileiro!) e a quantidade de lançamentos diários.

O motivo do ataque de pelanca do Mr Aiken, veja você, é o Amazon Kindle, aquela coisa feia leitora de eBooks que o Leo adora e vende que nem água, gerando milhões e milhões de dólares para os escritores, e para a Amazon.

Pois bem: Na versão 2 do Kindle há um recurso interessante: Um sintetizador de voz que lê o texto exibido, em voz alta. Isso pode ser usado por cegos, gente com alguma deficiência visual parcial, crianças e mesmo uma pessoa que não goste de ler e prefira ouvir um texto.

Mais uma opção, agrega valor, certo? Então veja o que essa cavalgadura do Aiken disse:

"Eles [A Amazon] não tem o direito de ler um livro em voz alta. Esse é um direito de áudio, o qual é derivativo, sob a legislação de Copyright"

Então vejamos; estou em casa. Aninhada ao meu lado, Luciana Vendramini recosta a cabeça em meu ombro e pede "querido, leia para mim de novo O Senhor dos Anéis". Encarando aqueles lindos olhinhos verdes, respondo: "Não posso, querida, isso seria violação de Copyright, Paul Aiken não gosta".

Repetindo: Vá par ao Inferno, Mr Aiken. Se EU TENHO O DIREITO de ler um livro em voz alta para outra pessoa na minha casa (e quero ver algum juiz do planeta dizer que não tenho) Eu TENHO o direito de que o livro se leia sozinho, para mim, nas mesmas condições.

Nota: Para fins de transparência que conste nos autos que a Luciana Vendramini não mora comigo, seu nome foi usado apenas para fins didáticos.

Fonte: Crunchgear

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