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E3 2015 — FIFA 16: equilíbrio, treinamento personalizado e fim de jogadores com super poderes

MeioBit presente na E3. Hoje testamos o novo FIFA 16 e aqui estão vários detalhes desta que é uma das mais importantes franquias de futebol da história dos videogames.

9 anos atrás

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Hoje na E3 eu testei o FIFA 16, suas modalidades de jogo, times femininos e aqui estão minhas impressões à respeito do novo game da franquia de futebol da EA.

A primeira coisa a ser dita é que ficou mais que evidente que a EA está trabalhando arduamente pra trazer equilíbrio à experiência de seu jogo. No FIFA 15 muitos gamers reclamaram que jogadores como Cristiano Ronaldo e Messi pareciam ter super poderes. Quando arrancavam com a bola, quase nenhum zagueiro conseguia pegar. E era verdade. A boa notícia é que isso foi corrigido na nova versão. Em dois jogos alternados, fiz questão de jogar com Barcelona e Real Madrid e a promessa me parece que foi cumprida. Não consegui correr muito com nenhum dos jogadores sem ser ameaçado, o que me obrigou a passar a bola para outro jogador. Isso aumenta e muito a sensação de realidade e torna as partidas mais justas ou menos frustrantes.

O diretor de criação da empresa, Matthew Prior, esteve no evento contando todos os detalhes sobre os novos recursos de FIFA, as formas como sistemas de defesa foram melhorados e sobre o novo modo treino. No final da apresentação, fui conversar com ele pra tentar sanar algumas dúvidas.

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A primeira delas, claro, é se teremos times brasileiros nesta edição da franquia.

Esse é um detalhe que será revelado ainda este ano, mas no momento não posso comentar…

Pepéééém… Mas eu já imaginava que essa seria a resposta. Quando perguntei a ele qual era o novo recurso que ele mais gostou, a resposta foi taxativa:

Sem dúvida o que eu mais gosto é do novo sistema de treinamento. Com ele, mesmo quem está começando a jogar agora recebe dicas do que pode fazer em determinado momento do jogo. O software mostra ao player quais botões ele pode apertar, e qual será o resultado desta ação, isso traz uma relação de recompensa muito grande

Isso sem contar o fato de que mesmo jogadores com anos de FIFA poderão descobrir movimentos que eles sequer sabiam que existia. Pra quem acha que é meio “FIFA for Dummies”, posso garantir que você vai se surpreender ao aprender novos dribles, novas formas de marcação e movimentos.

A inteligência artificial está bem afiada. O computador, pautado nos atributos de cada um dos jogadores, executa reações muito mais naturais. Nas demonstrações apresentadas, um jogador correndo para trás, cobrindo um possível drible do atacante, tem um comportamento de proteção sem que você veja seu defensor passar batido como um robô descontrolado. O personagem mantém o foco na bola e vai andando pra trás, trocando de lado de acordo com o que o atacante está prestes a fazer.

Outro ponto que ficou assustadoramente natural, foi como zagueiros e laterais voltam pra marcar, caso os atacantes percam a bola, ou se antecipam a um lançamento ou passe. Isso sem contar que será possível “cancelar” um carrinho, pra evitar uma falta que colocaria sua meta em risco. Você começa o movimento para dar aquela rasteira, mas percebe que vai tomar um “dribre”, cancela o carrinho e o jogador tira o pé e levanta as mãos pra fazer aquela pressão com o juiz.

FIFA 16 Gameplay Innovations: Defense, Midfield, Attack

Prior também apontou um novo sistema de chutes, que aplica uma física ainda mais realista à bola, de acordo com o pé de quem chutou, posição em campo e força aplicada. É uma melhoria do que já víamos acontecer em FIFA 15, e tá agradável aos olhos.

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Falando em algo que salta no visual, os gráficos de FIFA 16 estão sensacionais. Eu ainda vejo onde melhorar na feição e rosto dos jogadores, mas as texturas de campo, torcida, kits de camisa, tudo isso está lindo demais.

Toad, e o futebol feminino?

Esse merece um destaque. Isso porque o trabalho que a EA fez aqui é pra aplaudir de pé. Se você está acostumado a assistir o futebol feminino, sabe que o tempo de bola, a forma de toque, o tipo de drible, tudo isso é peculiar. E, de forma magistral, a empresa conseguiu levar todos os pequenos detalhes pra dentro do jogo.

Ah, mas futebol feminino é chato” — diz o torcedor do campeonato brasileiro. É tudo uma questão de assistir, de entender as nuances. É um modo a mais de jogo e ele é bem divertido. Há todo um novo potencial a ser explorado. Vale a pena dar uma chance!

E o mais importante, como Prior me disse, é que o feedback tem sido bem positivo. Claro, sempre vai ter aquela meia dúzia de babaca, mas o diretor garantiu que o público está aceitando bem.

FIFA 16 será lançado em setembro desse ano. Dia 22 nos EUA, dia 25 no restante do mundo. E fique ligado no MeioBit para mais notícias sobre a E3.

P.S.: a título de curiosidade, joguei 3 partidas, com times diferentes. Apenas Xbox One estavam à disposição. No estande da Konami, apenas PlayStation 4. E cerveja, mas isso fica para o próximo post.

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