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Happy Wheels

Problema: como percorrer uma colônia de pinguins, fazendo leituras de etiquetas RFID sem estressar os bichinhos? Resposta: com um PINGUIM ROBÔ ASSASSINO! (ok, assassino é por nossa conta)

9 anos atrás

gotham-oswald-pinguim

The Penguin Show, excelente programa na Warner, recomendo.

Graças a Hollywood todo mundo acha pinguins bichos fofinhos e simpáticos. A Assessoria de Imprensa deles com certeza é excelente, só perde para a dos golfinhos, mas a verdade é muito mais cinza. Uma pesquisa do começo do Século XX, chamada Natural History of the Adélie Penguin trouxe resultados tão escandalosos que o texto foi basicamente escondido durante quase um Século. George Murray Levick, autor da pesquisa viu coisas, coisas terríveis.

Pinguins praticam infanticídio. Levick observou pinguins em orgias gays necrofílicas (não que haja algo de errado nisso. Nas orgias gays, digo. A não ser que seja orgia-surpresa, isso não se faz). Ah, prostituição? Outra atividade polêmica que associamos com humanos mas existe no reino animal. Sim, Pinguinas trocam favores por dinheiro. Ou melhor, por pedras.

Por isso tudo essas aves são muito interessantes de se estudar. Mapear as populações e sua movimentação faz parte das pesquisas mas — e isso pode soar racista — pinguim é tudo igual. Quanto você tem uma colônia com 32.749.324 indivíduos, não dá para usar um sinalizador de rádio ou identificar visualmente quem é quem. A saída é prender etiquetas RFID nos bichos, mas isso cria outro problema: um pesquisador andando no meio da colônia está literalmente pisando em ovos.

Além de causar danos ele vai interferir no comportamento natural dos bichos. Então, como andar por entre os pinguins, ler as etiquetas, enviar esses dados, com informações de GPS e mapear o que esses passarinhos pervertidos andam fazendo?

Simples, com este brinquedo:

penguin car robot

Em um paper publicado na Nature Methods e assinado por uma pá de gente, foi estudado o stress causado por vários métodos de interação com os pinguins, e de longe o menos estressante foi um robozinho disfarçado de filhotes. Como todo mundo pinguins são programados para não ver o filhote da espécie como ameaça, então o robozinho podia andar pela colônia, escaneando discretamente todo mundo, sem causar problemas.

penguin car in huddle

Claro, pinguins de verdade não têm rodas, mas eles não perceberam. Convenhamos, uma espécie que emula tantos comportamentos humanos não deve ser lá muito inteligente…

Fonte: PS.

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