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Sistema de reconhecimento facial do FBI já está operacional

Sistema de reconhecimento facial do FBI levou três anos para ficar completo e custou US$ 1 bilhão; banco de dados não se alimenta somente de mugshots

9 anos e meio atrás

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Se você já andava paranoico desde o menino da informática do Kremlin Edward Snowden botou a boca no trombone, não vai gostar nada dessa notícia. Após seis anos de desenvolvimento e US$ 1 bilhão de investimento, o FBI anunciou o lançamento de seu poderoso sistema de reconhecimento facial, capaz de capturar e identificar milhões de faces de indivíduos e mais interessante, tendo inúmeras fontes como base de seu banco de dados.

O sistema do FBI chamado Next-Generation Identification (NGI) possui dois serviços distintos: o primeiro é chamado de Rap Back, que vai disponibilizar às autoridades informações acuradas sobre qualquer pessoa em cargos de confiança, desde professores e médicos a executivos. Agentes penitenciários também poderão utilizar a ferramenta para monitorar pessoas em situações de condicional ou que estejam em débito com a justiça.

É aí que entra a outra metade do NGI, o Interstate Photo System (IPS), um enorme banco de dados de impressões digitais e imagens dos rostos de pessoas, além do poderoso sistema de reconhecimento facial que permitirá identificar qualquer pessoa em qualquer lugar. Mas mais do que rostos, o IPS armazenará imagens de tatuagens, cicatrizes e outras características que facilitem o reconhecimento pelo sistema.

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O grande problema dessa abordagem do FBI é que diferente do que se pode imaginar, o banco de dados armazenará não apenas mugshots de criminosos, mas imagens e impressões digitais do banco de registros civis. Ou seja, basta a pessoa tirar um documento novo ou se candidatar para um emprego que sua foto e digitais vão para o banco de dados do FBI. A desculpa é a de sempre: "identificar terroristas em público antes que possam fazer qualquer coisa". O órgão diz que a coleta de imagens de civis é legal; claro, o governo norte-americano não daria ponto sem nó.

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A questão é que para permitir que todas as câmeras capazes de captar imagens nas ruas sejam passíveis de identificar criminosos, era de se esperar que o banco de dados contaria com imagens de em teoria todos os cidadãos dos Estados Unidos (ou mais, visto que turistas também precisam se registrar. Pois é, sua foto e digitais podem fazer parte do banco de dados do FBI, durma com essa), permitindo que policiais e agentes tenham acesso a informações apuradas de qualquer meliante em segundos. Como o FBI não deu maiores detalhes, fica a dúvida se os dados dos cidadãos em geral não serão comprometidos e mais, a margem de erro do sistema não pode ser precisada, portanto não dá para saber o que poderia acontecer no caso do NGI confundir um terrorista com um florista.

Fontes: FBI, aqui e aqui.

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