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Zed aprovaria: uma moto movida a… Bacon

Hormel Foods, produtora de bacon de Austin (Minnesota) cria motocicleta que utiliza gordura de bacon como combustível.

10 anos atrás

baconbike

Bacon é vida, Bacon é paz, Bacon é alegria. Bacon é o Bluetooth em forma de porco. Judeus e muçulmanos vivem se pegando. Motivo? Não comem bacon.

Agora essa dádiva porcina acrescenta uma nova utilidade à sua já infindável lista: combustível. Não só para a alma, mas para nossos veículos, tudo graças à (sério) Bacon Week 2014, o Festival Internacional de Cinema de Bacon. Para promover o evento os organizadores criaram a campanha Driven By Bacon, onde uma moto especialmente adaptada percorre os Estados Unidos, movida a biocombustível produzido a partir da melhor parte do porco.

Biocombustíveis são uma forma bonitinha de chamar combustíveis que não são derivados de dinossauros polpificados. Não há nada de novo, No Século XIX já produzíamos gás de madeira, material também usado pra obter metanol. O brasil é pioneiro em biocombustíveis, com o etanol, mas agora recentemente ele ficou muito mais verde, because marketing. No modelo americano biocombustíveis não funcionam na prática. Gasta-se mais combustível para produzir o biocombustível do que a quantidade de combustível gerada, mas hey, é politicamente correto.

No caso da moto é pior ainda. Bacon é muito mais caro que gasolina, mas como é por uma boa causa, tudo bem.

Principalmente porque o biocombustível produzido mantém o aroma do Bacon, então em vez do tradicional cheiro de gasolina, por onde passa a motocicleta deixa um delicioso cheiro de bacon. Não é kosher nem é halal, mas é muito legal.

E sim, os Simpsons já fizeram isso, quando Homer descobriu que podia vender óleo de fritura usado. Ele fritava US$ 27,00 de bacon e vendia a gordura a US$ 0,63. Não faz sentido? Bem, também não faz sentido biodiesel US$ 0,15 mais caro que diesel normal e 10% menos eficiente. E já que estamos falando de valores absurdos, é bom lembrar que a Força Aérea dos EUA testou biocombustíveis para aeronaves pagando US$ 15,60 por litro, enquanto o combustível normal saía a US$ 0,95. Ainda bem que só gastaram míseros US$ 639 mil para descobrir que biocombustíveis são caros e inviáveis para o caso deles.

Um dos argumentos contra o álcool no Brasil é que não faz sentido plantar cana em terreno que deveria estar sendo usado para plantar comida. Ou seja: literalmente não existe almoço grátis, e mesmo quando o recurso é renovável, pode não ser bom o bastante. Em termos de eficiência energética faz muito mais sentido investir em carros híbridos usando gasolina, com células solares para luxos como ar-condicionado, mas o lobby das “empresas de energia” é grande demais.

Fonte: NR.

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