Dori Prata 10 anos atrás
Esta semana o mundo dos games ficou sabendo de uma história bastante bizarra envolvendo a composição de trilhas sonoras de algumas franquias bastante adoradas, mais precisamente aquelas assinadas por Mamoru Samuragochi para jogos como Resident Evil e Onimusha.
Publicada pelo jornal Japan Times, a matéria afirma que nos jogos o músico era citado como único compositor das faixas, mas que na verdade ele dava ideias e quantias em dinheiro para que outra pessoa criasse as melodias e surpreendentemente, o compositor admitiu o erro.
O “Beethoven japonês”, como é conhecido, revelou que essa prática foi utilizada por quase duas décadas e o motivo para isso foi a perda de audição que enfrentou quando tinha 35 anos. De acordo com o seu advogado, ele “lamenta muito por ter traído seus fãs e desapontados outros,” e ainda de acordo com o porta-voz, Samuragochi sabe que não tem como se desculpar pelo ocorrido e que no momento “está mentalmente angustiado e sem condições de expressar devidamente seus pensamentos.”
Para piorar ainda mais a situação, a pessoa que teria participado das criações, Tagashi Niigaki, convocou uma entrevista coletiva para contar o seu lado da história e nela fez uma dura acusação, afirmando que Samuragochi na verdade não é surdo, algo que lhe ficou claro desde a primeira vez que se encontraram.
Segundo Niigaki, inicialmente o contratante afirmava que sua audição estava diminuindo, mas que com o passar do tempo ele se mostrava completamente saudável e no total, recebeu cerca de US$ 69 mil para fazer 20 trabalhos ao longo de 18 anos.
A atitude tomada pelo músico é realmente triste e digna de todas as críticas possíveis, mas isso me fez lembrar de uma época e que as desenvolvedoras impediam que os profissionais colocassem seus nomes reais nos games e quem viveu as gerações 8 e 16 bits certamente se lembrará de muitos apelidos nos créditos, isso quando eles existiam.
Fonte: Eurogamer e CVG.