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Windows Store é invadida por cópias descaradas de Braid

Falta de controle da Windows Store também permite a proliferação de games piratas; Braid é o mais novo “premiado” com três versões não-oficiais

10 anos atrás

braid

É de consenso geral que a Windows Store é a Casa de Irene. Como boa parte dos desenvolvedores estão evitando criar versões de seus apps para Windows 8 e Windows Phone (e quando aderem o fazem com considerável atraso) os piratas fazem a festa. Qualquer busca de um app que você sabe que não existe na plataforma da Microsoft retorna uma meia dúzia de aplicações com nomes e identidade visual similares, quando não piratas descarados mesmo. O YouTube, que até hoje não possui um app dedicado e a versão oficial é um reles webapp é o melhor exemplo.

Só que os piratas estão ficando cada vez mais ousados - e sofisticados. Como se não bastasse copiarem o nome e visual de apps, inventando até versões de programas oficiais que não existem (vide o Windows Media Player 12), a turma do tapa-olho também copia games, alguns bem famosos. Uma busca rápida retornou uns cinco jogos do Mario, inclusive um de vôlei. Outra tentativa retornou um runner de Mega Man X. A vítima mais recente é Braid, o aclamado game de plataforma de Jonathan Blow (que está desenvolvendo The Witness para PC, iOS e PS4), uma das estrelas do documentário Indie Game: The Movie junto com Edmund Mcmillen (Super Meat Boy, The Binding of Isaac) e Phil Fish (Fez).

As cópias descaradas são três: Breid, Brady's Adventure e Braidy Jump, sendo que os dois últimos são de uma mesma desenvolvedora chamada Gameshark (para quem não lembra, o GameShark era um acessório que permitia inserir códigos nos games que habilitavam vidas infinitas, invencibilidade, pulavam de fase, etc). As mecânicas são similares: pular sobre os inimigos e derrotá-los, entretanto a mecânica de manipulação do tempo aparentemente não está presente em nenhum dos três.

Uma parte da culpa recai sobre o artista responsável pelo design de Braid, David Hellman. Há anos ele disponibiliza em seu blog arquivos em alta qualidade de personagens, ícones e cenários do game para uso livre. Com uma fonte oficial, piratas só precisam programar um game de plataforma rudimentar e lançar na loja do Windows, que não filtra nada.Como Hellman não exige copyrights é provável que esses clones não sejam os últimos e pior, eles não infringem nada a não ser a inocência e distração do usuário, que está procurando o game original.

braid-pirata

A questão nem envolve Blow pois ele não pode processar um game que sequer emula as mecânicas que ele desenvolveu, mas é evidente que como você imaginou, ele não gostou nem um pouco (aqui, aqui e aqui). Ao menos os apps são gratuitos, mas sinceramente fuja, sabe-se lá o que mais eles fazem. Braid (o original) está disponível para PC, Mac, Linux, PS3 e Xbox 360.

Fonte: The Escapist.

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