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Universidade de Harvard cria interface de controle mental Jedi

O título não é exagerado, a Universidade de Harvard conseguiu o que antes era apenas possível na ficção, uma interface que permite controlar as ações de outros apenas com o pensamento. Tudo bem, é um pouco exagerado, já que por enquanto foi possível controlar os movimentos da cauda de um rato, mas a base está lançada.

10 anos e meio atrás

Crédito da imagem: Mitchell Haddad/Warner Bros.

Crédito da imagem: reprodução/Mitchell Haddad/Warner Bros.

O título não é exagerado, a Universidade de Harvard conseguiu o que antes era apenas possível na ficção, uma interface que permite controlar as ações de outros apenas com o pensamento. Tudo bem, é um pouco exagerado, já que por enquanto foi possível controlar os movimentos da cauda de um rato, mas a base está lançada.

O equipamento chama-se interface cérebro-a-cérebro (BBI, da sigla em inglês), e permitiu que um homem controlasse os movimentos da cauda de um rato apenas com o cérebro. É o primeiro passo no caminho para permitir a comunicação telepática entre dois ou mais humanos, o que pode ser muito bom ou assustador, dependendo do que você faz pelas costas da sua mulher (ou do seu marido).

A pesquisa nesse campo, até agora, trabalhava com sensores que interpretavam o processo do pensamento e transformavam isso em dados, pouco havia sido feito no sentido oposto. Isso porque é bem mais fácil fazer um computador "entender" o que você está pensando do que "injetar" pensamentos em outro cérebro.

Na experiência em questão, um aparelho de EEG (funcionando como BCI, ou interface cérebro-computador) comum é utilizado pelo humano, enquanto o rato é equipado com um ultrassom focado (FUS, da sigla em inglês). FUS é uma tecnologia relativamente nova que permite aos pesquisadores excitar uma região bem específica dos neurônios do rato, usando um sinal de ultrassom.

BCI

O BCI, então, detecta quando o sujeito olha para uma padrão específico na tela do computador e dispara um comando para o CBI (ou interface computador-cérebro) do rato, fazendo com que o ultrassom seja direcionado para a parte específica do cérebro responsável pelo movimento da cauda. A precisão é de 94 %, segundo os pesquisadores, e o processo inteiro toma em torno de 1,5 segundos.

Em tese, é possível conseguir o mesmo resultado apenas pensando em mover a cauda do rato. Os pesquisadores, no entanto, estão focados na interface que leva o sinal de ultrassom, o FUS.

O próximo passo é trabalhar com a transmissão de ideias mais complexas do humano para o rato. Mais adiante, do rato para o humano (seja o que for que um rato pense).

A pesquisa é tão interessante quanto preocupante, qual a utilidade prática além de saber o que seu cachorro está sentindo quando abana o rabo ou avisá-lo que a comida está servida? E na interação entre humanos, seria interessante seu chefe convencê-lo que está ganhando o suficiente e não precisa de aumento?

O futuro dirá.

Fonte: Extreme Tech

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