Meio Bit » Arquivo » Internet » Mão na Massa com o novo OpenOffice.org Online

Mão na Massa com o novo OpenOffice.org Online

16 anos atrás

Após passar por alguns altos e baixos, o conjunto de programas para escritório OpenOffice.org está sendo levado numa nova direção por uma empresa chamada Ulteo. Fruto da mente de Gael Duval, fundador da Mandriva Linux, a missão da Ulteo é servir como plataforma para colocar aplicações na web. Usando esta abordagem, a Ulteo liberou um beta público do Online OpenOffice.org, o que literalmente põe o OpenOffice.org dentro de um navegador.

É claro que a oferta da Ulteo tem algumas vantagens reais, como o fato de acabarem os problemas específicos de cada plataforma, mas como qualquer grande aplicativo que se queira enfiar num navegador, o Online OOo tem seus "preços" a pagar. Vamos dar uma olhada nos prós e contras do mais recente pacote de produtividade a ir para a rede.

Primeiro, o lado bom: todos os principais componentes do OpenOffice.org estão presentes. A imagem abaixo mostra a tela de entrada, que permite escolher com que programa trabalhar e configurar algumas preferências. A aplicação escolhida abrirá em uma janela pop-up. Embora o tempo de download seja notadamente mais longo que o de aplicações web concorrentes, como Google Docs e Zoho, parece que a aplicação inteira é apresentada ao usuário, incluindo os recursos da mais recente versão, 2.3. Formatação, preferências, fontes, templates padrão, menus contextuais (no botão direito), está tudo lá.

janio20071218OnlineOOApps2.jpg

Para criar este ambiente tão ferto de recursos, o Online OpenOffice.org requer um navegador moderno com JavaScript (naturalmente) e com o plugin Java Runtime Environment na versão 1.4 ou mais recente. A instalação foi testada no Firefox 1.5 e superiores, IE6 e 7, e mesmo no Safari. Contudo, usuários do Ubuntu são especificamente alertados que devem estar usando o plugin de Java da Sun (Sun JRE) ou a atual implementação do Online OpenOffice.org não vai funcionar. A Ulteo está trabalhando para resolver este problema.

Imagem

Assim como muitos exemplos do paradigma de Software como um Serviço (Softwara as a Service, SaaS) --- de fato, este é um software para desktop servido em um cliente VNC Java para a web --- trabalhar com o pacote é uma mistura de benesses. Usuários que precisam da infinidade de recursos pelos quais os pacotes de escritório convencionais são conhecidos vão se sentir em casa, embora o funcionamento do programa possa ser notadamente lento.

Imagem

Por exemplo, algumas tarefas corriqueiras como selecionar uma linha de texto inteira no Impress, o equivalente ao PowerPoint do OpenOffice.org, pode demorar um segundo a mais que a aplicação no desktop. Às vezes. Esse tipo de atraso é esporádico, e é provável que usuários que estejam procurando por um pacote como esse estejam preparados para lidar com isso.

janio20071218OnlineOOFiles.jpg

Com esse beta de um pacote de escritório, contudo, está claro que o objetivo inicial da Ulteo era simplesmente fazer o OpenOffice.org funcionar num navegador web. Usuários buscando recursos colaborativos ou de partilhamento de documentos de concorrentes como Google Docs ou mesmo o Office Live Workspace da Microsoft vão ter que continuar sua busca. Embora o Online OpenOffice.org ofereça 1GB de espaço de armazenamento online para todos os seus documentos, não se nota nenhum indício de capacidade de compartilhamento ou edição compartilhada dos documentos.

Mas certamente o Online OpenOffice.org tem um nicho que ele pode atender. Devido à sua natureza de desktop-que-veio-para-a-web é fácil oferecer os principais recursos de qualquer pacote de escritório. Usuários insatisfeitos com a abordagem K.I.S.S. do Google Docs e não dispostos a pagar o preço que custa o Microsoft Office podem ter uma boa chance com o pacote da Ulteo. À medida que a interface com o usuário amadureça, contando que a implementação da Ulteo também se torne mais eficiente, é bem provável que ela evolua e se torne um pacote de escritório rico em recursos, fácil de usar e baseado na web.

Fonte: Ars Technica

relacionados


Comentários