Redação 16 anos e meio atrás
Neste post em seu blog a Bia fala do fiasco financeiro do iPhone. Há controvérsias, mas o ponto é que ela compara o iPhone com Smartphones, chegando a caracterizá-lo assim.
Isso desencadeou uma discussão ferrenha entre leitores, que reflete uma confusão muito comum em outros blogs. Por um lado o termo "smartphone" é altamente elogioso. Se você não é um smartphone você é o resto, é um dos telefoninhos da ralé.
Por outro lado smartphones são produtos muito específicos. Sendo cruelmente excludente e até inexato, podemos dizer que hoje em dia se você não é um Blackberry ou não roda Windows Mobile, você não é um smartphone nem é relevante.
Por essa lógica se o iPhone quer ser relevante, se os fanboys da Apple querem ter seus aparelhos reconhecidos e respeitados, ele tem que ser um smartphone.
Problema: Os smartphones são aparelhos voltados para o mercado corporativo ou geek, com características específicas. Vejamos:
O iPhone, apesar de ser um maravilhoso telefone, não atende esses requisitos.
A Bia, mui racionalmente usou Occam para determinar que não deveria ser criada uma categoria somente para o iPhone, mas a verdade é que isso só demonstra que ele não se encaixa entre os smartphones atuais.
Ele não deve ser comparado a um Blackberry, a um Nokia N95, a um HTC Touch, pois essa nunca foi sua proposta. Ele NÃO foi pensado como substituto de um notebook, nem como ferramenta de produtividade corporativa. Poxa, ele teria que no mínimo aceitar um teclado Bluetooth para tanto.
O competidor do iPhone é o Razor, o K750i e outros aparelhos top que fazem poucas coisas muito bem. O iPhone, sou forçado a concordar, não é um smartphone. E os fanboys da Apple precisam entender que isso não é demérito. Ele é um telefone comum, para uso diário por gente que já tem um notebook, ou que não precisa desse uso todo. A diferença é que ele é um telefone comum de 7 anos no futuro.
Ao vender o iPhone como solução para todos os males, como o Jesus Phone, o Apple fanboy causa tanto mal quando o Nokia fanboy que empurra seus aparelhos como panacéia universal, e esquece que 95% dos usuários Symbian nunca instalaram um programa de 3os em seus celulares.
Público diferente, produtos diferentes. será tão difícil aceitar isso?