Carlos Cardoso 12 anos atrás
“Bonito”, diriam os acionistas da Motorola. Só que “Bonito” do mesmo jeito que sua mão falava quando você desmontava o gato e puxava o rabo do videocassete. Saíram os números de venda do último trimestre, e a situação do iPad Killer Com Flash é impressionante. No sentido usado para descrever aviões com árabes malucos se chocando contra torres.
Mesmo com um desconto caprichado, cortando o preço do Xoom de US$800 para US$500 a Motorola só conseguiu desencalhar 440 mil unidades. PIOR, foram unidades entregues para os pontos de venda, não as unidades efetivamente compradas, muito menos as compradas e devolvidas, na faixa de 7%.
Comparar com o iPad e suas 9.250.000 unidades vendidas no mesmo período, com taxa de devolução de 2% seria covardia no nível de uma briga Snarf vs Galactus, mas mesmo entre tablets Android o Xoom passa vergonha. A Samsung depois de ensaiar com o Celulão que era o primeiro Galaxy Tab, acertou a mão com o de 10 polegadas, e se não oferece a experiência de uso uniforme e sem sobressaltos do iPad, nem de longe é frustrante como o Xoom.
A Motorola cometeu o mesmo erro da Nokia com o N95, achar que engenheiros sabem projetar produtos. Não adianta enfiar uma penca de recursos se eles não estão integrados. O N95, lançado antes do iPhone já tinha acelerômetro, mas ficou UM ANO SEM DRIVERS, os desenvolvedores não tinham como acessar o recurso.
O Xoom tem um BARÔMETRO, que como todo mundo que assistiu Pica-Pau sabe, é aquele equipamento que a gente usa pra controlar o tempo.
HELLO, MCFLY? UM BARÔMETRO?
Enquanto perdem tempo preparando o Xoom para ser uma unidade de meteorologia, esquecem que o diferencial está nos detalhes. O resultado são aberrações como não haver um controle de volume para vídeos em Flash, e outras barbaridades demonstradas neste excelente vídeo do Gizmodo Brasil.
Depois de ver esse vídeo a impressão é que 440 mil unidades vendidas é até muito.
Fonte: Wired