Carlos Cardoso 18 anos atrás
Muito tempo atrás, impressoras eram caras e barulhentas. A primeira impressora doméstica barata, a Elgin Lady 80, era bonita, minúscula e lenta, mas mesmo assim acessível.
Com o advento das jatos de tinta, o mercado matricial doméstico morreu mais rápido que os dinossauros, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade de uso da Canon BJ600, da HP Deskjet 420C, entre outras.
Aí veio a facada.
Impressoras mais e mais baratas, cartuchos mais e mais caros. Nos casos das mais baratas, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora, como algumas Lexmark entry level.
Os fabricantes fingem que não é com eles, dizem que é caro por ser tecnologia de ponta, transformam o simples ato de fabricar tinta em algo mais complexo do que coletar a 3ª lágrima da Deusa-Loba dos Campos Elísios, ou algo assim. Enquanto a indústria de recarga viceja, vemos HP, Epson, Canon e Lexmark jurando que a tinta deles é melhor, que você não deve recarregar, que não garantem que o uso de cartuchos remanufaturados não irá adiantar a vinda do Anticristo, etc, etc.
De uns tempos para cá passaram a diminuir a quantidade de tinta, mantendo o preço. Pombas, um Cartucho HP, com míseros 10 mL de tinta custa R$ 55,99. Isso dá R$ 5,99 por mililitro. Só para comparação, Champagne Veuve Clicquot City Travelle custa R$ 1,29 por mililitro. Faça as contas para o preço por litro…
ATUALIZAÇÃO:
Pelo que ficou demonstrado, eu não sei fazer contas. 10% de R$ 55,99 é R$ 5,59; então um litro de tinta custa "somente" R$ 5.590,00.
SEIS MIL REAIS EM UM LITRO DE TINTA!
Isso é algo que só pagaria se viesse com Michelângelo (o pintor, não a tartaruga) junto. Como consumidor, me sinto idiota pagando isso. Aliás me sinto idiota pagando pelo recarregado também, não sai muito mais barato. Assim, a solução é radical mas a única que funciona: não tenho mais impressora. TODA minha manipulação de documentos é eletrônica. Tem funcionado bem até hoje, espero que continue assim.