Rodrigo Ghedin 14 anos atrás
Foram críticas, esperneios, choradeira, e até um "dia de sair do Facebook". Tudo isso desencadeado por declarações infelizes do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, somadas a opções de privacidade complicadas e que induziam os usuários a expôr informações que, na realidade, queriam manter privadas.
Após o que pode ser considerado o período mais complicado de sua curta e, até agora, meteórica trajetória, uckerberg admitiu erros recentes, e o Facebook reformou as opções de privacidade visando deixá-las mais compreensíveis.
No post em que as mudanças foram anunciadas, Zuckerberg comenta sobre o quão a informação aberta, pública, é benéfica para todos, mas que apesar disso, o respeito à privacidade deve existir. Sobre as novas opções de privacidade, disse que elas se baseiam em três pilares:
A nova página de configuração, segundo o blog oficial, será disponibilizada gradualmente. Sorte ou parte do processo, a minha já mudou, e a simplicidade é realmente notável. A visualização dos itens compartilhados é "panorâmica", dá para ver e configurar tudo de uma vez só, sem navegação confusa ou telas capciosas.
A partir dessa mesma página, as opções de aplicativos podem ser acessadas. Nelas, dá para definir quem vê atualizações de jogos e aplicativos, o que aparece na busca pública, e um detalhe importante, o comportamento da personalização instantânea, aquele recurso anunciado recentemente que dá a parceiros do Facebook o poder de moldar serviços às custas das preferências e informações que os usuários compartilham com a rede social. E, mostrando que fizeram o dever de casa e acataram as críticas, esse controle, seguindo a tendência dos demais, é simples de tudo: uma checkbox e ponto final.
Uma página explicativa, acerca da privacidade no Facebook, foi disponibilizada. Ela é bastante completa, explica os novos controles e dá orientações gerais sobre o tema.
Com cara de quem comeu e não gostou, Zuckerberg produziu um vídeo onde explica tudo o que foi dito acima. Confira:
O saldo é bastante positivo, mas não cura totalmente o dano causado à imagem da rede social após os eventos recentes. O que deixa analistas e críticos reticentes é a inconstância da política de privacidade do Facebook. Se hoje está ok, o que garante aos usuários que ela permanecerá assim daqui a um, dois, seis meses? A arbitrariedade, a inconsequência com que esse aspecto vital numa rede social vem sendo tratado no Facebook assusta. Apesar dos pesares, ainda continuo por lá...