Rodrigo Ghedin 13 anos atrás
Os dados são referentes aos EUA, mas como quase tudo na área de tecnologia, a realidade americana, hoje, é muito provavelmente a nossa, amanhã. Segundo o Pew Internet and American Life Project, a Internet já superou os jornais (de papel) como forma de obter notícias. Isso a coloca como o terceiro meio de notícias mais popular do país, atrás apenas das estações de TV locais e nacionais.
Os principais motivadores dessa mudança de comportamento são os métodos não-tradicionais de consumo de notícias, especialmente as redes sociais, e a agilidade da rede. 33% leem notícias através do celular (forte tendência detectada). 37% dos que disseram ler notícias na web também colaboram na divulgação delas, através de e-mails e links/comentários em redes sociais. 75% do mesmo grupo são gratos àqueles que acrescentam comentários ao conteúdo original e ajudam a disseminá-lo.
Apesar da supremacia da TV como principal fonte de notícias, 59% dos entrevistados admitiram que recebem conteúdo do tipo através de meios offline e online, o que talvez signifique que uma transição maior ainda esteja em curso.
É importante notar que, embora a indústria do papel esteja em declínio, isso não quer dizer que os grandes e tradicionais jornais, como The New York Times e USA Today, caminham para o mesmo destino. As versões online deles são responsáveis por boa parte das visitas de quem se informa pela web. Em outras palavras, muda a plataforma, mas os players continuam os mesmos, ainda que com competidores de todos os tamanhos a um clique de distância.
Dizer que o modelo tradicional de jornalismo cairá em detrimento de blogs e redes sociais chega a ser heresia. No entanto, é fácil prever que ele evoluirá, embasado pela web. Outras questões, como cobrar por conteúdo, ainda clamam por uma solução coerente, mas por ora, já podemos dizer, sem dúvidas, que a informação passa pela web.
Fonte: Ars Technica.