Carlos Cardoso 6 anos atrás
A gente já teve oportunidade de contar em detalhes a história de Margaret Hamilton, a nerdinha que salvou a Apollo XI e entre outras coisas criou o termo “engenharia de software”. Ela foi fundamental para a computação como conhecemos hoje, como líder de projeto e designer de sistemas. Não caia na onda daqueles sites simplistas que dizem que ela escreveu aquela pilha de código da foto famosa.
Ela deu uma entrevista muito legal para o Makers, onde conta sobre sua vida e participação no Programa Espacial. Em uma parte Margaret relembra quando não tinha com quem deixar a filha nos serões, e levava a menina para a NASA.
A filha, claro, queria brincar de astronauta, e ficava no simulador da Apollo. Em uma dessas começaram a soar alarmes, Margaret foi ver, a menina havia carregado um programa de pré-vôo durante a sequência de pouso, e a avó de todas as telas azuis colocou o computador de joelhos.
Isso era um risco e era preciso criar rotinas de proteção, caso algum astronauta rodasse o programa errado. A NASA foi contra, o argumento era que astronautas eram treinados e não cometiam erros. Hamilton, que sabia ser chata quando era preciso, bateu pé até aceitarem a mudança, e a rotina de proteção foi incluída.
3 minutos antes do pouso da Apollo XI um dos astronautas cometeu um erro e acionou um comando que não deveria. O software que Margaret havia alterado reconheceu e manteve as rotinas fundamentais para pouso funcionando, mesmo em meio a alarmes.
Aqui a primeira parte da entrevista:
As outras sete partes estão abaixo do vídeo principal, nesta página do Makers.