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Flash - Algumas dicas práticas

15 anos atrás

Há muito tempo atrás, em uma terra distante, fazer fotografias em ambientes pouco iluminados era um grande desafio. O tempo de exposição nas primeiras câmeras fotográficas já era bem extenso em ambientes bem iluminados. Em ambientes fechados, posar para retratos era uma tarefa que exigia muita paciência e capacidade de ficar imóvel por vários minutos. Após algumas décadas foram sendo inventadas algumas maneiras de criar fontes de iluminação artificial para solucionar esse problema. Os primeiros flashes eletrônicos foram surgir apenas em 1949 e eram enormes e pesavam quase 8 quilos. De lá para cá muita coisa mudou e com a revolução da fotografia digital, esse pequeno acessório foi acoplado definitivamente a todas às câmeras (exceto aos primeiros modelos da TekPix). Mas, você sabe utilizar corretamente o pequeno flash de sua câmera?

Embora estejam presentes na vida dos fotógrafos, poucos param para dar uma atenção especial ao uso de seu flash. De modo geral, existem cinco regulagens básicas que podemos aplicar ao flash das compactas via menu da câmera. Elas são:

- Flash automático - Pode ser representado pelo desenho de um pequeno raio e a palavra "auto" ao lado. Nessa posição a câmera decide as situações em que o flash deve ser acionado. A maioria dos usuários prefere sempre deixar essa opção marcada;

- Flash constante - Representado apenas por um raio, nessa posição o flash fica ligado constantemente em qualquer situação de iluminação;

- Redutor de olhos vermelhos - Representado por um raio e o desenho de um olho, esse opção ativa o disparo de vários pré-flashes que possuem a função de forçar a pupila da pessoa fotografada a se fechar e impedir que a luz reflita no fundo do olho, extremamente irrigado por veias, e deixe o olho com a cor avermelhada. Conforme a pessoa fotografada for se distanciando da câmera, esse recurso vai perdendo sua eficiência;

- Flash desligado - Representado por um raio sob um sinal de proibido. Nessa configuração o flash não vai disparar em nenhuma situação;

- Sincronismo lento - Representado pela imagem de uma pessoa com a lua ou uma estrela atrás (não são todas as câmeras compactas que possuem essa opção). Nessa opção, o flash trabalha com o obturador mais lento. Por conta disso é possível iluminar o objeto fotografado e ao mesmo tempo captar um pouco da iluminação ambiente. Também serve para dar noção de movimento a uma foto. O flash congela o objeto em primeiro plano e deixa o fundo tremido se a câmera não estiver fixa;

Embora seja a solução para situações onde a luz natural não dá conta do recado, o uso do flash precisa ser dosado. A luz proveniente do dispositivo costuma ser dura, causando sombras bem fortes e retirando totalmente a naturalidade da cena. Porém, em outras situações, ele deve ser usado mesmo em lugares com muita iluminação. Veja abaixo algumas dicas interessantes sobre o uso do flash:

- o flash é um dispositivo que visa solucionar o problema de iluminação. Ao usá-lo, sua eficiência será melhor aproveitada se a lente de sua câmera estiver na posição de grande angular. As câmeras compactas costumam ter as maiores aberturas de diafragma com a lente no menor zoom possível;

- embora vá diminuir a iluminação da cena, procure descobrir a melhor relação entre velocidade ISO e o uso do flash de sua câmera, lembrando que quanto menor o ISO menor será a existência de ruído, melhorando assim a qualidade da imagem;

- Em algumas situações é aconselhável não usar o flash e sim aproveitar a iluminação natural da cena. Porém, em situações de pouca iluminação a câmera diminuí a velocidade do obturador. Para levar isso adiante é necessário o uso de um tripé ou apoiar a câmera em uma superfície fixa para evitar que a foto saia tremida;

- Mesmo durante o dia existem situações em que o flash é necessário. Retratos feitos com o sol alto tendem a deixar sombras embaixo do nariz, queixo e olhos. Nessa situação usamos o flash para fazer o preenchimento dessas áreas de sombras. Essa técnica é chamada de fill flash. Outra situação é quando o objeto fotografado se encontra em uma zona de sombra e rodeado pela forte luz do sol como, por exemplo, debaixo de uma árvore. O fotômetro da câmera faz a medição da luz em toda a cena e não somente na zona de sombra, passando a errada impressão de que o flash não é necessário;

- Em algumas situações, é possível quebrar um pouco a falta de naturalidade da luz do seu flash usando um difusor à frente dele. Um pequeno pedaço de plástico branco (desses utilizados em sacolas de mercado) ou de papel vegetal pode ser o suficiente para diminuir o contraste das sombras e deixar a luz mais suave;

- Nunca use o flash para fotografar objetos que se encontram atrás de superfícies transparentes, como vitrines de lojas e janelas de ônibus. A luz do flash vai refletir no vidro e você perderá a foto;

- Tente se lembrar que a potência do seu flash não acompanha a capacidade de zoom de sua câmera. Quanto maior o zoom aplicado a lente, menor será a eficiência da sua fonte de iluminação.

- Se você tiver uma DSLR ou câmera ultrazoom que possibilite o uso de flash externo, existem acessórios para serem acoplados e funcionarem como difusores da luz, mas o mais barato, e igualmente funcional, é usar a cabeça articulada do equipamento para refletir a luz no teto ou parede próxima. O resultado é muito bom;

Esse pequeno texto pode parecer muito simples para quem já possuí um certo conhecimento de fotografia, mas ele é voltado para quem possuí uma compacta e está iniciando no mundo da fotografia agora. Ele é um pequeno resumo da aula sobre flash no curso de Introdução a Fotografia que ministro na Oficina Cultural de Presidente Prudente. Os temas principais foram colocados por conta das duvidas mais comuns que os alunos apresentam durante o curso. Mas, existem muitas outras questões a serem consideradas do ponto de vista técnico da fotografia e de aprendizado mais profundo. Quem se interessa pelo curso básico, sempre volta para se aprofundar ou faz pesquisas pela internet. O importante é ter um ponto de partida.

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