Carlos Cardoso 8 anos atrás
Apesar de todo o romantismo envolvido a indústria espacial é igual a qualquer outra, estando à mercê das idéias e desejos de seus consumidores, e uma tendência (moda é feio) forte é a reusabilidade. Do ponto de vista econômico é algo que só fará sentido muito mais tarde, ou talvez nunca. Por isso a NASA prefere cápsulas simples, depois de perder vidas demais com os Shuttles.
Mesmo assim a possibilidade de economia é interessante, e fica bem na fita promover sustentabilidade e outros blablablás enquanto queimam centenas de toneladas de querosene em alguns minutos.
Como a maioria das empresas não tem a ousadia da SpaceX, planejam graus menores de reusabilidade, concentrando no motor, que é a parte mais cara. A Airbus, que faz parte do consórcio Ariane, está propondo uma solução que não deixa de ser interessante, a Adeline.
Esse supositório voador seria a base de um foguete, englobando o motor e duas aletas que depois funcionariam como asas.
Depois de queimar seu combustível e liberar o segundo estágio, o primeiro começaria a cair. A maior parte, composta do tanque de combustível se separaria. Adeline então planaria por um tempo, abriria suas hélices e pousaria em uma pista convencional. Assim:
É legal e tchuns mas esse dildo voador representa tanto, tanto peso desnecessário que o argumento da Airbus, que Adeline consome muito menos combustível que o Falcon 9 reutilizável da SpaceX não convence. Economia por economia se fosse assim estariam lançando satélites com dirigíveis.
Fonte: Digital Trends.