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Review Moto E: o Android “baratinho” da Motorola

Testamos o Moto E, o smartphone básico da nova linha Android da Motorola.

10 anos atrás

Moto E

A missão da Motorola com o Moto E é bastante ambiciosa: convencer quem ainda usa um celular “convencional” a trocar por um smartphone.

Pra conseguir tal feito, a Motorola promete um aparelho barato mas que não tenha sua experiência comprometida. Será que conseguiu?

Hardware

Capas_low

O design do Moto E segue a mesma linha dos outros aparelhos da fabricante: frente limpa, só com a tela, e traseira curvada. Talvez para não ficar tão parecido com o Moto G, o Moto E tem duas barras prata junto ao falante e ao microfone.

A curvatura da traseira deixa o aparelho bem confortável de segurar, mas inevitavelmente meu dedo sempre ia parar na lente da câmera — assim como no Moto G e X existe uma cavidade logo abaixo para evitar isso, mas ao contrário dos irmãos maiores, o tamanho do Moto E fazia meu dedo errar o buraco na maioria das vezes.

A tampa traseira da acesso apenas ao slot dos SIM cards (dois, no formato micro-SIM) e ao slot para micro-SD. A bateria, como usual, não é removível.

Entrando nos detalhes técnicos, a CPU do Moto E é uma Snapdragon 200 com dois núcleos de 1,2 GHz e uma GPU Adreno 302. Assim como o Moto G, ele vem com 1 GB de RAM e roda a versão mais recente do Android, o 4.4.2 “KitKat”.

Vellamo Metal Vellamo HTML Quadrant AnTuTu
Moto E 434 1.181 5.095 12.177
Moto G 537 1.970 8.082 16.346
Moto X 772 2.324 8.961 19.361
RAZR D3 376 1.363 3.391 7.123

 

O Moto E não brilha nos benchmarks, mas o desempenho em uso é bastante satisfatório. São poucas as vezes que você sente o telefone se arrastar e ele responde bem mesmo com algumas tarefas em segundo plano. Ainda fica atrás do desempenho do Moto G, mas o Moto E consegue ficar bem longe da sensação de “espera eterna” que se tem com os telefones da sua faixa de preço.

O recurso de TV é bem parecido com o do RAZR D1, e assim como nele a antena é ligada à entrada de fone de ouvido. Porém, o Moto E sintoniza apenas canais digitais. Por um lado, a recepção de TV analógica em celulares é bastante fraca. Mas ainda existem muitos lugares sem recepção de TV digital por enquanto…

A bateria de 1.980 mAh dura bem: com meu uso habitual – navegação/redes sociais por cerca de três horas na rede 3G, música durante 5 horas e geolocalização o tempo todo (culpem o Swarm) – cheguei em casa, depois de 12 horas fora da tomada, ainda com 20% de bateria.

Testando um cenário mais tranquilo, sem música e com navegação bem ocasional — apenas lidando com centenas de notificações do Secret — o Moto E passou 20 horas sem carregar ainda marcando 50% da bateria.

Tela

Um dos pontos mais surpreendentes do Moto E é a tua tela. Pros padrões de hoje, não é nada muito especial: um painel LCD IPS de 4,3" com resolução qHD (960 × 540 pixels), mas para um modelo de entrada é acima da média. O ângulo de visão, assim como a fidelidade de cores é ótima, e a resolução garante que seja bem difícil enxergar pixels sozinhos.

Além disso, o Moto E tem Gorila Glass 3 para proteger a tela de riscos. Sempre bom lembrar que isso não impede que o telefone se espatife depois de uma queda no chão, mas deixar ele no mesmo bolso que suas chaves não deve fazer mal.

Câmera

Desempenho bom, tela decente… Em alguma coisa a Motorola tinha que cortar custos no Moto E. É verdade que a câmera não é o forte de nenhum dos aparelhos da Motorola, e isso me deu esperança que o Moto E não pudesse ser pior.

Mas sua câmera, apesar de ter os mesmos 5 Mp de resolução do Moto G, desaponta bastante. Por ser de foco fixo, é bastante difícil fotografar qualquer coisa mais próxima: pra mim, que gosto de fotografar textos e produtos para lembrar deles depois, isso é bem decepcionante.

Só que mesmo quando o foco da lente fica bom, a qualidade das imagens é bem decepcionante. Talvez valesse mais a pena usar um sensor de resolução mais baixa, mas que tivesse auto-foco ao menos.

E para a decepção dos viciados em selfies, o Moto E não tem câmera frontal.

Vale a pena?

O Moto E é um aparelho muito bom (se você ignorar que ele tem uma câmera) e certamente é uma compra melhor que qualquer outro Android na sua faixa de preço.

O grande problema é que ele fica num valor muito próximo ao do Moto G — o Moto E dual-SIM com TV sai por R$ 599, apenas R$ 50 a menos que o Moto G mais simples (apenas com um SIM e sem TV).

Se você não tem interesse em usar dois chips ou TV, o Moto G é bem melhor. Mesmo para o Moto G dual-SIM, a diferença é de apenas R$ 100. Se você pode gastar esse dinheiro a mais, vale a pena.

É verdade que existe um modelo mais barato do Moto E, sem TV, por apenas R$ 529, mas nem mesmo na loja oficial da Motorola eu consegui achar ele à venda.

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