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Quem se importa com DRM?

15 anos atrás

Estive lendo vários fóruns sobre DRM, Electronic Arts (é o Evil Empire do mundo dos Games) e SecuRom, o sistema de Digital Rights Management (DRM) usado pela empresa. Além disso, a empresa é constantemente acusada de destruir a criatividade e a “alma” dos franchises e empresas adquiridas por ela. O histórico não ajuda, como foi o caso da WestWood Studios e Origin. Inclusive, o presidente da EA admite o retumbante fracasso nas decisões.

O que tornou esse sistema de proteção a conteúdo digital tão infame é que a Electronic Arts (EA) decidiu limitar a quantidade de instalações/ativações nas versões de seus jogos para PC. Por exemplo, o Mass Effect permite 3 instalações. O problema, alegam os gamers, é que ao trocar a placa de vídeo, o sistema considera um novo computador e mais uma ativação é gasta. O upgrade não impede ninguém de jogar, mas será preciso entrar em contato com a Electronic Arts todas as vezes para reativar o jogo.

As discussões são bastante acaloradas, mas um gamer foi bastante direto: “eu compro o jogo e se por algum motivo ficar impedido de ter acesso a ele, eu faço o download de uma cópia pirata e continuo jogando. Já paguei pela licença, estou com a consciência limpa e não preciso de ninguém para atrapalhar minha diversão.

A forma direta e clara mostra como a geração atual encara a mídia digital de forma diferente: se a empresa detentora dos direitos ficar entre o consumidor e o objeto de desejo, seja ele jogo, música ou filme, será punitivamente pirateado.

O caso dos games é ainda mais interessante: muitos compram o jogo e instalam a cópia pirata para não “gastar” as ativações.

De fato, o SecuRom é antipático: instala e se esconde dentro do PC, monitora processos e parece um vírus. Muitas vezes, há problemas de compatibilidade com programas e outros tipos de DRM. Minha sugestão para a EA: crie um sistema de distribuição e controle digital como o Steam. É uma forma justa de se controlar o conteúdo, reduzir a pirataria acachapante no PC e ficar mais simpática aos olhos dos seus consumidores.

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