Bruno Alves 16 anos atrás
A frase acima pode parecer saída da boca de um fãboy do Linux com 15 anos que começou a usá-lo há 2 meses, mas reflete uma verdade para os iniciados no sistema do pingüim.
Ao decidir o hotel que ficaria, tive certeza de utilizar um que oferecesse um ponto de rede no quarto que eu ficaria, assim não precisaria depender somente do celular para acessar a internet e poder me comunicar com o mundo.
O notebook roda dual boot com Windows XP e Ubuntu 7.04 beta (eu sei que já deveria ter atualizado).
Ao chegar ao hotel, dei o boot no XP para poder usar o MSN com a webcam que trouxe.
De início, o Windows não achou a rede, como estava configurado para minha rede em casa, não achou a do hotel.
Sem problemas, um encarte na escrivaninha do quarto explicava como configurar, fiz a configuração e, já achando a rede, pluguei a webcam e...
Nada, não reconheceu automaticamente, passei alguns minutos caçando um driver para a webcam na internet, achei uma do fabricante e modelo corretos, ótimo, mas nada funcionando, novamente.
O Windows sabia que existia uma câmera USB, mas não conseguia intalá-la, nem mesmo com o driver correto.
Fiquei revoltado com o computador e rebootei, resolvi entrar no Ubuntu para ver o que aconteceria (mesmo sem o MSN).
Não chegou a ser, exatamente, uma surpresa, mas assim que me loguei no Ubuntu, rede e webcam funcionando.
Já tinha o Gaim instalado, mas o mesmo não permite conferências com webcam via MSN, então instalei o aMSN e...
O aMSN não reconhecia a bendita câmera, mesmo que o Ubuntu exibisse suas imagens, sem maiores problemas.
Já pensando em desistir, resolvi pesquisar um pouco antes de jogar a toalha, não me conformaria com o Linux me deixando na mão.
Acessando a página do projeto aMSN, descobri que a próxima versão (não estável) suportaria a webcam, mas eu precisava hoje, não no lançamento da próxima versão.
Descobri que eu poderia usar a versão em desenvolvimento, a partir do servidor de versões.
Instalado, compilado e tudo funcionando.
O processo foi simples?
Não diria que foi simples e um usuário sem algum conhecimento de Linux, talvez não conseguiria se safar, mas a flexibilidade do Linux me salvou de não poder fazer o que eu queria.
O que posso tirar desta situação?
Apesar da alegada facilidade de um sistema fechado, se a solução não existir, você está perdido.
Já a flexibilidade de um sistema aberto pode lhe salvar em situações que parecem sem solução, se você souber o que fazer, ou pelo menos onde procurar.