André Fogaça 4 anos atrás
A Asus resolveu que era hora de trazer mais dois smartphones para o Brasil, em dois modelos que são quase idênticos do lado de fora e muito parecidos do lado de dentro, mas que carregam uma solução curiosa para processadores: o QSiP da Qualcomm. Eles são os Zenfones Max Shot, Max Plus (M2) e que custam um pouco mais do que você esperava.
Vamos começar pelo conjunto bizarro de letras que a Qualcomm colocou em um processador. O QSiP significa Qualcomm System in a Package e é uma espécie de chip que concentra mais componentes dentro da casinha do processador e seus arredores. São mais de 400 componentes eletrônicos, incluindo não somente o CPU, mas também a memória interna, RAM, parte do GPS e outros.
QSiP da Qualcomm na placa dos novos Zenfones Max
Nos outros smartphones, que são quase que todos os outros celulares do mundo, toda fabricante precisa comprar partes de outras empresas e instalar tudo numa placa. No QSiP a Qualcomm entrega quase que tudo pronto, já instalado e otimizado pro melhor desempenho, em menor espaço e isso pode significar que outras coisas do aparelho serão maiores, como a bateria. É o caso dos dois Zenfones deste lançamento.
Há um bônus neste tipo de placa que é a intenção da Qualcomm de fabricar por aqui, no Brasil. A promessa de Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina, é que uma planta de semicondutores seja inaugurada em Jaguariúna, durante o quarto trimestre de 2020.
Ponto para o Brasil!
A Asus trouxe ao Brasil dois celulares que contam com este tipo de fabricação: o Zenfone Max Shot e o Max Plus (M2). Os dois estão no patamar de quem não quer gastar muito dinheiro, mas ainda assim quer um aparelho minimamente confiável e que não trave - muito.
A frente dos dois Zenfones é a mesma
Os dois trazem o QSiP da Qualcomm, que agora tem o nome de SiP 1 (one, em inglês mesmo) que, segundo a própria Qualcomm, é superior ao poder de processamento de um Snapdragon de linha 400 e inferior ao dos 600. Já Marcel Campos, diretor global de marketing mobile da Asus, diz que ambos rodam o processador MSM8953, que é o mesmo que está no Snapdragon 450, feito com litografia de 14 nanômetros e que roda oito núcleos em até 1.8 GHz e a GPU é uma Adreno 506.
Vai entender...
Asus Zenfone Max Shot
Ele pode não ser o mais potente ou recente, já que foi lançado em 2016, mas é bem inteligente na autonomia de energia e esteve presente no Zenfone 3 Zoom, por exemplo. Além disso, existe até 4 GB de RAM e 64 GB de memória interna pro Max Shot e 3 GB de RAM, com 32 GB de memória, para o Max Plus. Ao todo são três câmeras traseiras na versão Shot com 12 MP e f/1.8, 8 MP com f/2.2 em ângulo aberto e outra que serve apenas para calcular o fundo para o modo retrato no modelo Shot. Para o Plus (M2) basta remover a câmera de 8 MP e pronto. Eles filmam em Full HD com 60 fps.
Asus Zenfone Max Plus
As baterias são de 4.000mAh e as telas são de 6,26 polegadas, com resolução de 2220 x 1080 pixels. Tudo isso é controlado pelo Android 8.1 Oreo, com pouquíssimas alterações (sem ZenUI) com promessa de atualização para o Android 9 Pie até junho deste ano.
Os dois Zenfone Max são fabricados no Brasil, pela Foxconn e chegam ao mercado a partir de hoje (13), começa custando R$ 1.399 (R$ 1.299 à vista) para o Zenfone Max Plus (M2) e a partir de R$ 1.499 (R$ 1.349 à vista) para a versão Shot com 32 GB de armazenamento e 3 GB de RAM, indo até R$ 1.699 (R$ 1.549 à vista) para a versão 64 GB de memória 4 GB de RAM.
A ideia do QSiP é nova, mas pro usuário é um "processador antigo" dentro de um celular e isso pode ser um peso forte no preço. E é. Na própria Asus existe o Zenfone Max Pro (M1) com chipset pouca coisa mais veloz (Snapdragon 636), bateria de 5.000mAH, mas sem as três câmeras e com preços que podem começar, em pesquisa feita no dia 13 de março, por mais ou menos R$ 1 mil. Neste cenário este modelo é mais interessante.