Ronaldo Gogoni 4 anos e meio atrás
A Microsoft tem investido consideravelmente para que o Windows 10 seja plenamente utilizável em dispositivos que utilizam chips ARM: os mais recentes lançamentos, como o Galaxy Book 2 da Samsung e o Yoga C630 WOS da Lenovo são modelos poderosos, ambos equipados com o Snapdragon 850 da Qualcomm (desenvolvido especificamente para tal fim) e rodando o modo S do sistema, que não suporta apps x86/Win32.
Só que a Microsoft tinha um problema: por mais potentes que eles sejam, eles não contam com ferramentas nativas para viabilizar o desenvolvimento de apps ARM64 de forma nativa, e falta de opções ainda é um incômodo.
Isso fazia com que tais produtos sejam muito bons para usuários finais, mas totalmente dispensáveis para desenvolvedores que desejam lançar apps ARM para o Windows 10, e pensando nisso a Microsoft enfim tomou algumas atitudes.
Primeiro, ela lançou o Visual Studio 15.9, que em sua nova versão passa a contar com ferramentas essenciais para que profissionais possam usar dispositivos ARM para desenvolver, compilar e testar localmente seus apps, sem depender de uma estação com processadores Intel/AMD para isso. Segundo, os desenvolvedores terão total liberdade para submeter seus aplicativos na Microsoft Store de forma direta, distribuí-los em outras lojas ou em seus sites, adapta-los para outras plataformas ou incluir o suporte a ARM64 em instaladores multi-arquitetura.
Tal passo da Microsoft é importante para dar mais poder de fogo ao Windows 10 para ARM, e livra-lo da dependência de emulação de apps Win32, ainda mais porque o recurso não suporta programas x64; assim, ter um dispositivo compatível e que permita o desenvolvimento de apps ARM64 é o melhor cenário possível. A Microsoft acredita piamente que isso permitirá que a deficiência em apps do sistema possa ser debelada, ainda que a médio/longo prazo.
A Microsoft espera que o fluxo de apps ARM para o Windows 10 aumente a partir de agora, mas sendo realista ainda levará um bom tempo até que possamos ver o real resultado dessa empreitada; e claro, os fabricantes também precisam fazer sua parte e colocar no mercado tablets e ultrabooks com Windows 10 ARM acessíveis; lá fora, o Galaxy Book 2 custa US$ 999,00 e o Yoga C630 WOS, US$ 849,00. Não há previsão de quando (ou se) eles chegarão ao Brasil.
Com informações: Microsoft.