Carlos Cardoso 7 anos e meio atrás
Cérebros são órgãos inconvenientes, superestimados e cujo único objetivo evolucionário é nos colocar em encrenca. Não são feitos para manutenção fácil, o iFixIt daria nota zero fácil. Neurocirurgia é algo complicado desde que foi inventada, 3000 AC por Imhotep (não o Escorpião-Rei).
Mesmo hoje às vezes é preciso operar cérebros com o paciente acordado, para evitar danificar áreas específicas do tecido nervoso. Chegar a certos pontos envolve destruir o tecido no meio do caminho, não dá para ficar futucando.
A alternativa é usar equipamentos de diagnóstico por imagem, como ressonâncias, cintilografias e tomografias para acompanhar a posição dos instrumentos. Lado ruim: você tem que operar olhando para um monitor, exige mais coordenação olho/mão, não é o ideal.
Um grupo de cirurgiões se uniu a Liu Yameng, mestranda em Engenharia na Universidade Duke resolveu experimentar uma opção: alimentar um Microsoft Hololens com dados de sensores de imagem, posicionar o modelo 3D do cérebro nas mesmas coordenadas do cérebro real e simular também a movimentação dos instrumentos.
É algo que levará anos para ser aprimorado, por enquanto fizeram uma simples prova de conceito, mostrando que tecnicamente a idéia é viável.
Só não contem pra ninguém que como é HoloLens o médico poderá ver seu cérebro em tempo real durante a cirurgia, olhar pra parede e acompanhar o jogo do mengão, tudo ao mesmo tempo.
Fonte: Duke University.