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Alguns jogadores estão caçando minorias em Watch Dogs

Depois a culpa é dos videogames: alguns jogadores de Watch Dogs estão usando os recursos do game para caçar minorias

10 anos atrás

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E parece que as polêmicas envolvendo Watch Dogs não vão diminuir tão cedo. Quando o game foi anunciado, muita gente achou genial não só a possibilidade de se hackear praticamente qualquer coisa, como também acessar e descobrir praticamente qualquer tipo de dados referentes aos jogadores e NPCs do game.

Como já tivemos Glenn Beck viajando na maionese, dizendo que além de violento Watch Dogs ensina as crianças a serem hackers, a polêmica da vez envolve aquela parcela de jogadores com problemas ou com senso de humor duvidoso, que viram no título uma possibilidade de uso capaz de matar Hans Landa de inveja.

Como através do smartphone o protagonista Aiden Pearce é capaz de acessar diversas informações dos NPCs em tempo real, não demorou muito para alguns jogadores começarem a fazer o que poderia ser considerado uma limpeza genética: no melhor estilo Solução Final estão matando transeuntes através de características como etnia, orientação política, orientação e preferências sexuais, orientação religiosa...  o pacote completo de infâmia.

Um desses jogadores produziu um vídeo do YouTube, chamado ironicamente de "fazendo do mundo um lugar melhor". Nele, apesar do jogador eliminar alguns NPCs por motivos cômicos (otaku, mora no porão dos pais, teórico da conspiração, viciado em videogames), ele mostra Pearce matando muçulmanos, imigrantes ilegais, homossexuais, ativistas... o primeiro inclusive sequer tem informações checadas, o NPC é morto simplesmente por ser afro-americano. O vídeo já ultrapassou 400 mil visualizações.

Eu não vi graça no vídeo, não pelo fato de atacar minorias mas porque como fonte de humor negro, Watch Dogs não chega nem perto das esquetes da TV Pirata. Entretanto, o grande problema é que esse tipo de comportamento no game, seja pelo humor ou por uma percepção doentia do mundo por parte dos jogadores vai acabar respingando na Ubisoft, que implementou o recurso com outras coisas em mente. Claro, é provável que o departamento de recursos humanos da desenvolvedora tenha previsto essa situação e até mesmo colocou tais informações esperando criar esse tipo de polêmica, mas a verdade é que atrair tal discussão de ética aos videogames complica ainda mais a situação dos mesmos, tão vilipendiados como causa de tudo o que há de mal no mundo. Pois não vai demorar para alguém pôr a culpa no game e não no jogador, como sempre ocorre.

Fonte: IT.

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