Carlos Cardoso 6 anos atrás
A Samoa Airways, uma empresa minúscula se tornou a primeira do mundo a cobrar passagens de acordo com o peso dos passageiros. Faz sentido, a frota deles são dois Cessnas com capacidade de 3 passageiros cada, o custo de combustível vai variar enormemente se o passageiro for um blogueiro de tecnologia ou a campeã etíope de anorexia competitiva.
Isso claro gerou uma revolta imensa nas interwebs, com gente dizendo que é slutshaming (ninguém liga pros sentimentos dos blogueiros), mas o que não se tocam é que isso já foi norma.
Quando a performance e autonomia dos aviões eram restritos, qualquer quilinho a mais precisava ser computado. Até as aeromoças eram pesadas.
Se bem que aqui acho que é mais coleta de dados pra interesse do piloto.
Hoje em dia as empresas pesam bagagens, cobram por excesso de peso mas quanto aos passageiros, preferem trabalhar com uma média de peso a passar pelo pesadelo de relações públicas que seria pesar cada um.
Mesmo assim há, segundo a empresa de software PROS, projetos avançados para tarifar os passageiros de forma individual. Hoje temos algumas bandeiras na venda de passagens, mas na internet isso aumenta. Preços variam de acordo com hora do dia e até o navegador que você está usando, mas as empresas querem mais.
Com o uso de algoritmos de machine learning e redes neurais, é possível identificar individualmente os passageiros mesmo que não usem um login, assim passageiros frequentes e fidelizados ganhariam descontos especiais, já passageiros que costumam comprar passagens com cartões da empresa pagariam tarifa cheia. Seria o fim da precificação de massa que já está rodando o ralo faz tempo nas empresas aéreas.
Isso tudo, claro, será feito pela nossa conveniência e o valor das passagens irá com certeza baixar, como demonstrado com o fim da gratuidade das bagagens despachadas nos vôos domésticos.
Fonte: Southern Living.