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Kaspersky é acusada de criar malwares falsos para confundir a concorrência

Ex-funcionários da Kaspersky acusam empresa de criar e espalhar malwares falsos há pelo menos dez anos, visando prejudicar os concorrentes

8 anos e meio atrás

kaspersky

Esta será uma longa semana para o pessoal da Kaspersky. A companhia de segurança, famosa por seus produtos para defesa de computadores pessoais sólidos e confiáveis se enfiou em um sururu de arrancar os cabelos após ex-funcionários denunciarem que a companhia russa criou ameaças falsas nos últimos dez anos como forma de prejudicar seus principais concorrentes.

O ataque realizado pela Kaspersky tinha como alvos empresas de segurança como a Avast e a AVG, mas também miravam a Microsoft no intuito de fazer com que os softwares de detecção de ameaças sinalizassem “falsos positivos”, classificando arquivos inócuos como pacotes maliciosos. E mais, a trama teria sido ordenada pelo fundador da empresa russa Eugene Kaspersky, como retaliação do que ele considerava “roubo de tecnologia” por companhias rivais.

A ação teria sido executada com maior intensidade entre 2009 e 2013: a Kaspersky injetava pedaços de códigos perigos em softwares comuns e submetido os mesmos de forma anônima em agregadores de malware como o VirusTotal, que pertence ao Google. Assim, quando os concorrentes atualizavam seus bancos de dados com as informações sabotadas seus produtos passavam a sinalizar, bloquear e deletar arquivos originais por conta da semelhança entre os códigos.

Coincidência ou não, em 2010 a Kaspersky de fato denunciou que empresas concorrentes estariam copiando o código de seus produtos, ao invés de desenvolver suas soluções por conta própria. A empresa o fez hospedando dez arquivos inofensivos no VirusTotal que, de acordo com o portal foram marcados como maliciosos. Em pouco tempo os produtos concorrentes passaram a identificá-los e bloqueá-los.

O que acontece aqui é o famoso caso “não há santos”: AVG, Avast e similares podem muito bem ter copiado código da Kaspersky deliberadamente a fim de aumentar as defesas de suas próprias soluções, e como contra-ataque os russos começaram a subir arquivos falsos a fim de minar a confiabilidade dos mesmos. O problema é que o usuário, pego no fogo cruzado acaba por ser o maior prejudicado.

Eugene Kaspersky negou veementemente todas as acusações e não foi nem um pouco gentil. A VirusTotal não comentou o assunto.

Fonte: Reuters.

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