Carlos Cardoso 16 anos atrás
Terry McBride, CEO da Nettwerk Management afirmou que sua cliente, Avril Lavigne "tem um cheque de US$2 milhões esperando por ela no YouTube". Avril é dona do vídeo mais assistido do serviço, o clipe da música "Girlfriend", que até agora já teve 94,680,437.
Ele calcula que cada exibição do clipe pelo YouTube renda entre US$0.005 e US$0.008 de royalties, então foi só fazer as contas.
O pequeno, ínfimo problema aqui é que ele esqueceu de perguntar ao YouTube se aquela porcaria dá dinheiro.
Pressionado por detalhes, o sujeito acabou confessando que não sabe:
1 - Qual a real receita do Google/YouTube
2 - Como receber essa grana
3 - Quem irá receber o dinheiro
4 - Como será feita a divisão entre artista / gravadora / agente / YouTube
5 - Quando esse dinheiro começará a ser dividido
Resumindo, Terry McBride daria um excelente investidor de StartUp no auge das Bolhas da Internet. Ele está vivendo da percepção de dinheiro. Não é nem perspectiva, onde você tem um modelo de negócios, e sabe exatamente quem (e como e quanto) pagará pelo serviço. O YouTube é o Grande Elefante Dourado, há consenso que vale uma fortuna mas ninguém sabe como tirar do meio da selva e levar para a lojinha COMPRO OURO. Só que uma hora os carregadores se cansam de trabalhar de graça, dizem "se vira bwana" e te deixam no meio do mato.
Outros serviços já se acharam. A Globo Vídeo por exemplo disponibiliza boa parte do acervo da emissora, com direito a embed, e em troca passa um filmete publicitário de alguns segundos antes e depois do filme. É um preço mais que justo a pagar pelo serviço. Mas para ela isso é viável, é dona do conteúdo. O grande problema do YouTube monetizar seu serviço é que muito do conteúdo é ilegal OU fica em áreas cinzentas. Se EU (ok, a Fabiane) aparece cantando uma música, são devidos royalties aos compositores e à gravadora detentora dos direitos, mas como identificar isso em um brazilhão de vídeos enviados diariamente?
Fonte: Alley Insider