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Gadgets em Viagens

17 anos atrás

O maior problema dos gadgets do geek moderno é energia. A tecnologia de baterias não acompanhou o ritmo de desenvolvimento do resto do mundo e hoje temos dispositivos maravilhosos com autonomia pífia. Vou testar agora se é viável usar gadgets em uma viagem mais longa. Estou voltando de São Paulo de ônibus, pra fugir do Apagão. Em teoria são seis horas. Vejamos como os gadgets se comportam. No momento tenho, com baterias no máximo:

* iPod vídeo

* Nokia 6600 (com duas baterias)

o celular está sendo usado para GPRS ocasional, voz e sms. Ele tem uma excelente autonomia mas quando chegar mas áreas de sombra  esse moleza acaba. Ele aumentará a potência ao máximo, tentando achar uma ERB e com isso babau bateria.

13h16min - saí de São Paulo 11h40min. Fiz alguns SMS pra aplacar uma mala e fiquei metade do tempo no MSN, usando o Hier, excelente messenger pra Symbian. Passando por Taubaté a bateria já está no final. Hora de economizar e desligar as modernidades. O iPOD foi ligado. Vamos ver quanto tempo ele aguenta.

Ok. Depois de três episódios de The Unit e dois dos Simpsons a bateria indica zero. Coloquei em modo áudio. Continua tocando minhas músicas. Não é uma autonomia impressionante. Mal posso esperar pela próxima geração, trazendo HDs em estado sólido. Sem partes móveis. Dependendo do preço pode ser interessante até mesmo um upgrade. Cálculo que a autonomia aumentaria em uns oitenta percento.

16h57min - altura de Austin. Quase na avenida Brasil. O celular vai bem obrigado. Fui forçado a engolir minhas palavras. Não há uma área de sombra sequer na Dutra. A Régis Bittencourt é especialista em comer baterias, mas a geografia mais plana e o investimento das operadoras ajudou. Se eu tivesse um plano ilimitado teria feito a desta.

Mas não no Rio. Ao contrário do resto do país o GPRS da Claro está um lixo. Já caiu. Como já perdi as contas de quantas vezes não consegui conexão, comecei a ter duas certezas: 1 - GPRS é só pra viagens fora do Rio e 2 - a Claro terceirizou o fornecimento de conexão GPRS no Rio de Janeiro para a Vex, dada a qualidade do serviço.

Quanto ao consumo, somente MSN é desprezível. Acabei de verificar. 50 minutos conectados, 60KB. O único momento onde me sinto feliz em pagar por tráfego.

O iPod resistiu até o desembarque, com 0% de bateria tocou todo o CD duplo da trilha sonora do Fantasma da Ópera.

A conclusão: É perfeitamente viável manter-se plenamente conectado, via GPRS com um smartphone (se você tiver uma bateria extra) mas um iPod não irá agüentar sem uma bateria externa ou uma fonte de energia que o recarregue. Nossos sonhos de mobilidade não existem longe de uma tomada.

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