Carlos Cardoso 17 anos atrás
Alguns dias atrás foi lançado o site getafirstlife.com, uma paródia do SecondLife.com, pegando no pé do hype que se formou em cima de um ambiente 3D onde pessoas fazem coisas divertidíssimas como assistir palestras e voar de um lado para outro, procurando alguém para chatear. Basicamente o SecondLife pode ser difinido como Matrix de Pobre, mas virou moda. Teve até Reveillon brasileiro virtual. Sério.
A paródia, que promove a sensacional aplicação (sem lag) First Life, promete um mundo analógico 3D com inúmeras possibilidades, inclusive "fornicar com seus próprios genitais". No rodapé, há um link para comentários e processos.
Um dos advogados da Linden Labs, criadora do Second Life, não fez por menos. Mandou um email, em "legalês", dizendo que: "Seu convite para uma carta de cease and desist (o documento-padrão nesses casos) foi rejeitado". A Linden foi consultada, e confirmou, com o seguinte texto:
"A Linden rejeita qualquer insinuação de que empregaria advogados incapazes de perceber uma paródia óbvia. A Linden Labs é conhecida por ter padrões rígidos de contratações, incluindo a exigência de ter um senso de humor, e nossos advogados não são exceção."
Também foi dada uma licença "não-exclusiva, não-transferível, não-sublicenciável, revogável e limitada" para que o autor da paródia continue vendendo camisetas e canecas com a logomarca do FirstLife, que é derivada da marca do SecondLife.
Em tempos onde bloqueiam um dos maiores sites da Internet em um país inteiro por causa de uma ex-maria-chuteira, removem comunidades só pq falam mal do piloto mais sem carisma da história do automobilismo brasileiro, e onde o comitê olímpico brasileiro (sem maiúsculas) age de forma nazista proibindo atletas de sequer escreverem em blogs durante o Panamericano, é um alívio ver que alguém, em algum lugar, ainda tem jogo de cintura e senso de humor.
Parabéns, Linden Labs. O SecondLife eu desprezo, mas vocês ganharam o meu respeito.
Via: Digg