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CEO da Oracle quer mais java nos netbooks

15 anos atrás

Durante  uma apresentação em São Francisco Larry Ellison, principal inimigo relevante da Microsft (convenhamos, Stallman não conta) e CEO da Oracle fez a seguinte declaração:

"Vocês verão que nós seremos bem agressivos com Java, desenvolvendo aplicações para coisas como telefones e netbooks. Haverá computadores que serão fundamentalmente baseados em Java"

OK, podemos dar um desconto, ele estava em uma conferência de Java, mas como a Oracle comprou a Sun, algum interesse há.

Mas não se anime. Essa história rola desde 1995. Java surgiu com a promessa de ser maravilhoso, rodar em qualquer computador sem precisar de recompilação, tudo seria lindo e maravilhoso. Chegaram até a anunciar "chips java", que rodariam aplicações até 100x mais rápido (ou seja, ainda lento) do que o normal.

Na prática os programas Java são FEIOS. Ao abandonar as especificidades de cada plataforma é preciso adotar um menor denominador comum. O runtime (ops, desculpe, Máquina Virtual, é mais chique) consome memória, é mais uma fonte de bugs de segurança e trabalho para o usuário final.

Em plataformas onde Java não é bem-vinda, como a Apple, o desempenho global é sofrível.

O Java se tornou o Linux das linguagens. Faz sucesso no ambiente corporativo, mas no desktop é irrelevante. Quem usa, nem sabe que usa e não se importa.

Java em netbooks, com seus recursos limitados é uma péssima idéia. Netbooks "fundamentalmente baseados em Java" então, nem se fala. Aliás, também nem se fala mais no prometido JavaOS que iria salvar o mundo das cáries e do Windows.

Eu quero um netbook que rode tudo E cujo sistema operacional seja otimizado para o hardware dele. Quanto a Larry Ellison, 1995 ligou e pediu as promessas de volta.

Fonte: Reuters

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