Carlos Cardoso 7 anos atrás
No princípio dos tempos a Microsoft odiava Open Source. Steve Balmer dizia que era coisa de comunista, o que é uma calúnia: o Software Livre que é coisa de comunista, Open Source por si só não está atrelado a qualquer ideologia.
Com o passar dos anos o hype do Software Livre foi passando e nem mesmo a gente faz mais piada com Richard Stalman, mas o Open Source vai muito bem. Boa parte da internet roda em cima de plataformas Open Source, algo visto pela Microsoft como ameaça. Em 2003 a briga era aberta, com direito a uma deliciosa paródia de Matrix apresentada numa Comdex:
Hoje nosso indiano preferido diz abertamente que a Microsoft Ama Linux, o que não é verdade, pois corporações apesar de serem gente, não têm sentimentos. O que ela tem é um relacionamento profissional de respeito mútuo, contribuindo com código para melhorar a estabilidade do Linux em ambiente Hyper-V, patrocinando ports de Perl e PHP e vários outros projetos.
Agora a Microsoft anunciou que ninguém menos que o SQL Server, o Banco de Dados de Verdade da Microsoft (se alguém falar em Access apanha) vai ser portado para Linux. Isso significa que os clientes que usam hoje o SQL Server mas preferem trabalhar com Linux poderão fazê-lo, isso libera o usuário do compromisso de ter que adquirir o Windows como parte do pacote.
Isso pode ser um duro golpe na concorrência, dada a quantidade de expertise em SQL Server no mercado e a maturidade da plataforma.
A versão Linux deve chegar em meados de 2017, e já trará todos os novos recursos do SQL Server 2016, que está chegando a qualquer momento (ok, a rigor o evento é dia 10 de março).
Para deixar Balmer mais desesperado ainda a Microsoft acaba de anunciar que se juntou à Eclipse Foundation, e está contribuindo com um monte de ferramentas, algumas Open Source para melhor integrar o Eclipse ao ambiente Azure.
Essas excelentes notícias só servem para exemplificar o que fanboys e fanbalmers nunca conseguiram entender: nada pessoal, é apenas business.