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O enterro do Internet Explorer 6 será em março

14 anos atrás

Por Mari-Jô Zilveti

A notícia da morte do navegador da Microsoft já foi anunciada e repetida ad nauseam em 2009 e no início deste ano. Ontem, porém, estipulo-se, pelo menos, o mês. Quanto à precisão da data, há controvésias. Há quem diga que será no primeiro de março. Ou dia 6. Outras fontes profetizam para os dias 7 e 13. Atenção não é uma sexta-feira, ok?

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De blague ou não, foi criado um site para o funeral, o IE6funeral.com e quem quiser participar ou não prenteder dar o ar das graças,  gentilmente está convidado a dar um RSVP, programado para o dia 7. A brincadeira, de bom ou mal gosto, vem da Aten Design Group, e cabe ao interessado prestar suas condolências se quiser deixar alguma marca. Vale lembrar que o IE6 já gerou filho e neto, respectivamente, o Internet Explorer 7 e o Internet Explorer 8.

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No dia 13 será a vez de o YouTube fechar as portas para o moribundo IE6. A mensagem pode gerar leituras sutis. Tudo depende do ângulo de quem a lê. Quem tiver o IE6 e quiser abrir um vídeo nesse portal será convidado a atualizar o seu navegador. Até aí, ok, principalmente para geeks, nerds e afins. Agora imagine a situação do usuário leigo, o comum, que não tem a menor ideia do que é versão. Isso mesmo, caro leitor, sua mãe, a minha, os avós e a maioria dos mortais apenas entram na internet. E pronto. Não tem discussão.

Não vamos esquecer das empresas que mantêm máquinas de antanho, em que os proprietários sentam em cima do dim dim, quando o administrador da rede ou do suporte faz uma simples menção a comprar mais memória para as máquinas da “firma” ou trocar versões de programas, mesmo que elas sejam gratuitas. Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu o patrão ou diretor financeiro pronunciar a frase “Não é prioridade, todo mundo pode trabalhar bem com as máquinas que temos”.

Se você achar isso incrível, no sentido “não dá pra acreditar”, basta checar a presença do Internet Explorer 6. Aqui mesmo no Meio Bit foi postado um texto sobre outro assunto, cujo primeiro parágrafo apontava a pizza de quem é quem. Os dados são da netmarketshare: simplesmente, 20%.

A cruzada contra o IE6 foi vem sendo praticada desde o ano passado. Agora é a vez de outros órgãos se unirem para acabar com a dor de cabeça de produzir códigos para abrir sites para um navegador que já deveria ter saído dos computadores. O movimento dos “sem IE6”, “IE6 no more”, está no ar há meses e vem sendo propagado em todos os cantos, lembrando a todos que esse navegador surgiu em 2001.

A Microsoft, por outro lado, não se faz de rogada. Até discute se vale a pena ou não, mas oferece suporte bonitinho para o seu vetusto navegador, o IE6.

Ok, crédito para os desenvolvedores que não aguentam mais ter de trabalhar dobrado ou triplicado para que um site abra no tal navegador. Outro dia ouvi uma hístória no mínimo curiosa. Um sujeito de uma agência trabalhava em uma equipe responsável para fazer o site de Queen Latifah. Por pesquisas, descobriu-se que grande parte do público que acessava informações sobre essa artista usava o Internet Explorer 5, lançado em 1999. Isso mesmo. Dá para pensar que nos EUA há milhares de pessoas que ainda têm máquinas em casa com chips de antanho? E bota velhice e falta de grana nisso.

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