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Estúdio Fotográfico parte II – local e acessórios

13 anos atrás

Hoje eu iria falar sobre a questão do fotômetro, mas um amigo me falou que antes de entrar nesse ponto eu deveria falar sobre o próprio estúdio fotográfico. Garanto que quando comecei a procurar um local para o empreendimento estava cheio de dúvidas. Já participei de vários cursos em estúdios, mas nunca tinha montado um. Então sempre fica aquela dúvida sobre o ambiente e, principalmente, o tamanho adequado para que não se precise usar uma grande angular para as fotos de corpo inteiro. Lembrando que essas são dicas para quem está começando. Se você já montou seu estúdio e possui experiência na área, sua opinião e contribuição são bem vindas nos comentários.

Depois de muito pesquisar, encontrei um consenso entre os fotógrafos. O tamanho mínimo para se pensar em montar um estúdio fotográfico é aquele que permita fazer uma foto de corpo inteiro usando uma lente 50mm. Levando isso em conta, não seria um ambiente tão pequeno assim. A sala deve ter, em média, 5,7 metros de comprimento. Mas, não é só isso. Existem duas opções quando entramos nesse assunto. A primeira é montar um estúdio apenas para brincadeiras, para desenvolver a arte fotográfica. Nesse caso podemos utilizar aquele cômodo vazio no fundo do quintal. Mas, se você pensa em desenvolver uma atividade comercial então são necessários alguns outros ambientes para a realização dos trabalhos.

Aqui devemos pensar no pacote completo. Para um estúdio totalmente funcional precisamos pensar em um ambiente equilibrado e de fácil acesso. As pessoas precisam vir até você e gostar do que vão ver. Então temos uma recepção montada para o primeiro contato. Uma sala de reunião para atender os clientes com mais conforto. Um local para a maquiagem, destacando que a presença de uma maquiadora profissional em sua equipe é um diferencial muito importante. A sala do estúdio e um cômodo com banheiro para trocas de roupa. E, por fim, uma sala para edição de imagens, onde possam ser guardados também todos os equipamentos. Como vocês podem ver esse não é um estabelecimento que pode ser chamado de pequeno. Pode-se trabalhar com menos? Claro, afinal de contas a fotografia é a arte da improvisação. Mas, em minha concepção isso seria o mais confortável.

Depois de achar o local mais adequado, a segunda preocupação que passou por minha cabeça foi a montagem de um fundo infinito. Parece coisa simples, mas não é. Cada um possui a sua fórmula para a montagem de um bom fundo infinito que vão desde tecido até a construção em alvenaria. Claro que o mais indicado é um amplo fundo em alvenaria, que necessitaria ser repintado de branco a cada seis meses. Mas, esse é um investimento mais alto e que nem sempre é possível por conta do imóvel ser alugado. Experiências com tecido deixaram um pouco a desejar e o gesso também foi considerado e logo descartado por ser mais frágil. Por fim, me decidi pela boa e velha lona, mas não poderia ser qualquer lona. Ela deveria ser fosca e não possuir nenhum tipo de brilho. O modelo escolhido foi a VPD-50 da Vulcan, utilizada para projeção de vídeos e que custa a bagatela de R$ 35,00 o metro. A largura da lona é de 2m, o que é pouco se pensarmos em um estúdio grande, mas que supre minhas necessidades atuais. O comprimento ficou em 6 metros (3 metros no chão e 3 metros na parede). Até agora a utilização foi bem positiva, como pode ser visto nas fotos abaixo (algumas rugas aparecem, mas nada que não seja consertado depois)

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Existem outras possibilidades interessantes, mesmo com o fundo infinito já montado. Você pode pagar um pintor para montar algumas texturas diferentes nas outras paredes, o que pode ser muito útil em fotos de meio corpo e que não necessitem de um fundo branco.

Agora que temos o ambiente necessário para a montagem do estúdio e já compramos a luz principal para nosso empreendimento, existem algumas coisinhas que também precisamos ter. A primeira, e que vai ser o tema do próximo texto, é o fotômetro. Existem alguns modelos da Sekonic muito baratos e simples, mas que funcionam perfeitamente no ambiente do estúdio. A presença de um computador para que a câmera fique constantemente conectada a ele também é um conforto muito bem vindo. É bem melhor ver o resultado da foto em um monitor de LCD de 20 polegadas do que no pequeno visor da câmera. Como vamos trabalhar com apenas duas fontes de luz, também se torna necessário um rebatedor (prata e dourado) para a eliminação de pequenas sombras. Também não podemos nos esquecer de ter fita adesiva, prendedores, banquetas, cadeiras e tecidos coloridos para compor a cena. Alguns estúdios possuem chapéus e outros adereços. Mas, é preciso tomar o cuidado para não ficar uma composição brega.

No próximo texto vamos ver como tudo isso funciona na prática.

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