Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
Não adianta a indústria do copyright reclamar: os torrents são a Caixa de Pandora, uma vez aberta é impossível recuperar tudo o que saiu dela. Embora a Locadora do Paulo Coelho demande trabalho por parte do usuário, de dois anos o famigerado balde de pipoca mostrou que é possível oferecer uma experiência semelhante ao Netflix, streaming fluído e de boa qualidade, com legendas e mais importante, de maneira fácil e simples.
Claro que tentaram atomizar o serviço, mas como hoje ele é tocado por uma grande comunidade e possui variantes (inclusive educativas) é como tapar o Sol com peneira, não dá para controlar. Mas tentam, e continuarão tentando.
Desses o mais temido pela MPAA e outros grupos era o formato quer prometia entregar o streaming diretamente pelo navegador. Todos os que tentaram oferecer um serviço semelhante foram impiedosamente pulverizados, com medidas mais rigorosas que as dispensadas ao balde de pipoca e às filiais da Locadora (ou não). Um outro grupo (não o atualmente principal, que não são os desenvolvedores originais) lançou recentemente uma versão do balde de pipoca que funciona diretamente via browser, mas que depende de um plugin para funcionar, o Torrents Time. E é justamente ele que está deixando a indústria louca.
O Torrents Time é de código aberto e funciona com qualquer navegador e roda em Windows e Mac (não há previsão de versões móveis). Porém o que causa tanta polêmica é seu principal recurso: ele é preparado para conversar com qualquer canal de distribuição de torrents, basta que os donos dos sites incorporem a tecnologia.
Rapidamente o Pirate Bay se tornou compatível com o Torrents Time. Na sequência vieram o KickAss Torrents, o canal mais popular do mundo e o 1337x.to, que também é bem grande. Todos passaram a suportar o plugin, basta que o usuário abra a página do vídeo e clique no botão correspondente para começar o streaming. E o plugin é totalmente compatível com Chromecast e Airplay, com suporte a legendas. Ou seja, pacote completo e de uma maneira ainda mais simples, não precisa instalar programa nenhum em seu computador: apenas clicar no Start, jogar para a TV, sentar e apreciar sua pipoca com guaraná.
Claro que não demorou para a resposta da indústria do copyright. O BREIN, órgão de proteção à propriedade intelectual dos Países Baixos enviou um Cease and Desist aos desenvolvedores do Torrents Time, alegando que por seus servidores estarem na Holanda o serviço fica sujeito às leis da lá (vale lembrar que o BREIN é um braço europeu da MPAA) e querem o encerramento das atividades, os dados dos desenvolvedores, o de sempre.
Os responsáveis pelo Torrents Time já responderam, dizendo que o plugin foi desenvolvido para compartilhar material legal. É a desculpa padrão, como ele é utilizado vai da ídole do usuário. O problema é que essa defesa quase nunca cola, resta saber quanto tempo o plugin vai durar.
Aos interessados no Torrents Time, basta clicar aqui.