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TV Mobile indo de mal a pior

15 anos atrás

Um relatório da Jupiter Research descobriu que a penetração da TV Mobile, via celular, está na casa de 1%, a adesão é mínima e para piorar o interesse geral do público é 50% do que era em 2006.

Era de se esperar. Esse tipo de serviço de ponta é voltado para o pessoal mais antenado (sem trocadilhos), e esses, digo, nós, não queremos mais saber do velho modelo de distribuição onde somos batatas sentadas em um sofá, recebendo unilateralmente a mídia enviada pelas emissoras.

Nós somos a geração YouTube, a geração web. Nós consumimos nossa mídia de forma assíncrona, sob demanda. Vemos o que queremos, na hora que queremos, seja via YouTube, seja via torrent, seja via streaming.

Claro, esse serviço ainda é muito falho, a banda é minúscula (ainda mais fora do 1o Mundo) e o conteúdo oficial ainda é escasso. Mas mesmo esse gostinho, essa amostra-grátis do futuro já é o bastante para nos fazer abominar o modelo tradicional.

Trazer para o celular um modelo que nós não queremos em casa, não faz sentido. E se esse modelo vem com preço caro, pouca oferta de conteúdo e qualidade sofrível (vide os primeiros experimentos da TIM), menos chance ainda de vingar.

japafone

O que funcionará e muito bem é a exibição de conteúdo sob demanda. Acessar de seu celular um episódio de sua série favorita, na hora, com boa qualidade, sem download é algo que vale uma assinatura bem gordinha.

15% dos entrevistados na pesquisa disseram que se interessariam em conteúdo gravado, sob demanda. Ainda é baixo, mas bem maior do que o 1% geral.

Então permanece o dilema: Temos o conteúdo, temos os meios mas não temos o modelo para unir essas duas pontas, pois as emissoras não querem abrir mão de cobrar caro por cada segundo de programação, nem de decidir quando nós podemos assisti-la. Já as operadoras insistem em cobrar por tráfego ou minutagem, além de morder uma boa fatia da parte dos criadores de conteúdo.

No meio estamos nós, querendo consumir conteúdo com a mesma facilidade que consumimos em nossos computadores, mas sendo obrigados a engolir um modelo ultrapassado, que até nas televisões está saindo de moda.

Resultado? Danem-se os projetos de “tv móvel”. Ainda é muito melhor ter um telefone com tela decente, boa memória e atuchá-lo com seus filmes e séries preferidos, seja via iTunes, seja via Bit Torrent. Nós queremos o serviço, queremos pagar por ele. Não querem oferecer? Roam-se.

 

Fonte: Picturephoning

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