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O vício em internet pode estar mais perto do que se pensa

16 anos atrás

Alguém ai já ficou conhecido por colegas ou familiares  por ser viciado em internet ou em computador? Acho que muito dos nossos leitores. Porém, a maioria pensa que isso é tudo mentira e, que quando quiser ou precisar  larga sem absolutamente nenhum problema. Curiosamente, já escutei a mesma frase de muitos fumantes jovens que começam a fumar dizendo que quando quiserem eles param. Infelizmente, não é o que acontece.

O vício por internet parece estar tomando proporções que talvez poucos imaginaram quando ela surgiu. Especialistas querem incluir o "vício" por internet como um novo distúrbio psiquiátrico. Chegam a nomear as realidades virtuais e jogos multiplayer como "heroinware" - uma mistura com as palavras heroína e software. O que pode fazer algum sentido após vários casos de mortes em lan-house que ocorreram na Coréia e nos países do oriente.

O psiquiatra, que escreveu o editorial em uma revista especializada, diz que isso já se tornou um problema de saúde pública nos Estados Unidos. Estima-se que 210 mil pessoas entre 6 e 19 anos sofram com a internet, destes 20% precisariam inclusive internação.

Muitos podem achar que é brincadeira esse tal de "vício em internet" quando na verdade é muito mais sério do que se pensa e, muitas vezes se demora para procurar ajuda. Os médicos afirmam que esse tipo de paciente pode perder a noção de tempo, esquecendo do dormir ou se alimentar, o isolamento social também é um sintoma muito freqüente.

Diferente da Coréia do Sul, que já tem mil conselheiros exclusivamente para tratar esse tipo de paciente, aqui no Brasil as pesquisas sobre isso ainda estão ganhando espaço, até porque a população que tem acesso a uma conexão com a internet é proporcionalmente menor.

O transtorno há 3 subtipos: excesso com jogos; preocupações sexuais; e com mensagens de texto ou e-mail.

Se há alguma coisa a fazer é ficar esperto aos principais sintomas os seguintes:  

- Uso exagerado do computador, muitas vezes associado à perda da noção de tempo e descuido de obrigações comuns;
- Angústia , tensão e até depressão quando o equipamento não está acessível;
- Desejo de hardware mais poderoso, mais software e mais horas de uso;
- Comportamento negativo, incluindo irritação, mentira, mau desempenho nas tarefas, isolamento social e fadiga.

Caso esteja enfrentando alguns dos problemas acima listados, procure ajuda médica.

Veja mais detalhes no editorial do American Psychiatric Association

Fonte: Folha

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