Carlos Cardoso 8 anos atrás
Muito, muito tempo atrás havia 3 formas de ouvir música: no rádio, com um locutor chato falando no meio, com LPs e com fitas cassette. Nenhuma delas era realmente portátil (o rádio era mas não on demand). As fitas K7 eram pequenas e práticas, mas os players eram desajeitados e grandes, até que em 1979, para alegria do Starlord a Sony lançou o Walkman e tudo mudou.
Todo mundo tinha toneladas de fitas com álbuns comprados, LPs “ripados” de amigos ou músicas gravadas do rádio. Como bom nerd eu gravava em fita K7 episódios de Battlestar Galactica e Star Trek e ficava ouvindo. Sim, crianças, houve uma época em que não existia VCR.
Eis que descubro, só agora, que o Japão não estava satisfeito com a fita cassette. Ela era prática, simples e funcional demais. O pessoal da TEAC entendia como ofensa pessoal você poder jogar displicentemente fitas dentro da mochila, pegar de qualquer jeito e em segundos estar escutando outro álbum. Eles precisavam dar um jeito nisso, e meninos e meninas, eles conseguiram.
Lançado em 1984 o Ocasse da TEAC assim como a Fórmula E é uma solução para um problema inexistente. A proposta era remover toda a praticidade de uma fita K7, em troca de uma redução no espaço ocupado pelo estojo da fita.
TEAC, não Teal'c
Não se deixe enganar, o negócio é de prástico, as chances de quebrar por stress são enormes. Também é impossível de ser usado na rua, consegue se imaginar no busão executando a microcirurgia de transplante de carretéis de fita?
Sério, consegue? Então você não viu o vídeo. Assista, é constrangedor imaginar que em algum momento alguém achou que isso era uma boa idéia.
Techmoan — TEAC O'Casse Open Cassette - Reinventing the ReelFonte: Techmoan.