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Athlon64 com soquete AM2 em Junho

17 anos atrás

A AMD agendou o esperado lançamento dos processadores Athlon64 X2 e Athlon64 FX com soquete AM2 para a Computex 2006 que acontecerá em Taipei, Taiwan, em Junho. A apresentação pública dos modelos ocorrerá no dia 6 daquele mês, mas antes do final de Março parceiros OEM da AMD receberão os primeiros modelos para integrar em futuros produtos.

A AMD planeja apresentar no evento os processadores Athlon64 X2 5000+ and Athlon64 FX-62, com clocks reais de 2.6 e 2.8GHz respectivamente. A revisão F dos processadores incluirá suporte para memórias DDR2 e também permitirá clocks mairores sem mudança no processo produtivo da plataforma, que ainda é o SOI 90nm. As pastilhas que compõe os chips ficaram maiores e todos os modelos dessa revisão têm em média 9,5 milhões de transistores a mais que seus equivalentes de revisão E.

Não foi confirmado pela AMD, mas os boatos sobre o projeto dão conta de duas coisas interessantes. A primeira seria um barramento entre os caches L2 dos chips dual-core (com 1MB cada cache L2) que permitira a troca direta de dados entre os núcleos. E a segunda é um upgrade da tecnologia Cool’n’Quiet que permitira que o processador alterasse a freqüência de trabalho e até desligasse um dos núcleos por completo para economizar energia se não houver necessidade de processamento.

Também é esperado que o processador de 2.6GHz com 2x1MB de cache L2 tenha um TDP (Thermal Design Power) de apenas 89W. Processadores com essas especificações hoje apresentam TDP de 110W, em média. Isso significa um processador mais econômico e menos quente, ainda que mais potente que os modelos anteriores. Entretando o Athlon64 FX-62 (2.8GHz) apresentará um TDP de 125W, o maior dentre todos os modelos da AMD.

Os novos modelos de soquete AM2 mantém o Bus HyperTransport trabalhando a 1GHz e o controlador de memória inserido dentro do chip. Essas características de projeto, entre outras, são fundamentais para que os processadores da linha Athlon mantenham desempenho equivalente, mesmo com a metade do clock real, que os chips da rival Intel. Os modelos também deixam claro que a AMD não pretende abandonar os 90nm tão cedo, diferente da Intel que planeja começar a usar tecnologia de 65nm em 2007. As melhorias de clock e de economia de energia que a AMD conseguiu mesmo usando 90nm devem-se a retrabalho no desenho dos transistores que compõe o chip. Agora eles apresentam menor fuga de corrente durante sua operação. Isso é uma mostra clara de que a AMD tem trabalhado sobre a tecnologia de 90nm e talvez não esteja desenvolvendo pesquisas sérias em tecnologias de menor escala. Parece que a AMD está apostando que a Intel não conseguirá um processador que supere o desempenho do Athlon em Processamento/Watt ou em Processamento/Ciclo mesmo fazendo o Pentium4 com 65nm. E muita gente concorda que talvez a Intel só volte a superar a AMD nesses quesitos com a sua próxima geração de processadores.

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