Gilson Lorenti 14 anos atrás
Hoje foi um dia de fortes rumores no mundo da fotografia envolvendo os dois maiores fabricantes de câmeras fotográficas do mundo. Esses rumores dão conta de que esses dois gigantes estariam se preparando para uma guerra contra o sistema micro-quatro-terços ao lançarem câmeras com idéias similares. Ou seja, câmeras pequenas, com sensores com fator de corte em torno de 2x, sem os espelhos que caracterizam as câmeras reflex e sistema de lentes intercambiáveis.
O caso da Nikon é um pouco mais sério por se tratar da análise de uma patente que foi registrada nos Estados Unidos no dia 15 de outubro com o número 20090256952. O conteúdo do documento mostra uma câmera sem espelho e com um sensor com 17mm medidos na diagonal. Além disso também está registrado nesse esquema um novo sistema de autofocus que trabalharia por detecção de fases e não por contraste como é feito hoje. Levando em conta essas especificações a câmera teria um fator de corte de 2,5x, o que faria o equipamento ser menor do que as câmeras do sistema micro-quatro-terços. O inconveniente do sistema, e que todo mundo é unânime em apontar, é o viewfinder eletrônico. Mesmo os melhores desenvolvidos até hoje não superam a nitidez e brilho dos visores óticos.
Na esteira dessa patente, que deixou muita gente com uma pulga atrás da orelha, temos um rumor com menores fundamentos que surgiu do lado da Canon. Segundo essa história (que só acredito vendo) a Canon iria ressuscitar a antiga linha de prosumer Pro (que só teve como lançamento a Powershot Pro1) para investir em uma câmera nos mesmos moldes da Nikon. O sensor seria um CMOS com fator de corte de 2,5x, porém a câmera viria com uma lente fixa da série L (26-130mm f2.8-4 IS L). Além disse, essa possível Powershot Pro2 também poderia gravar vídeos em alta definição com 1080 pixels de resolução.
Que a os grandes fabricantes estão procurando alternativas para concorrerem com o sistema micro-quatro-terços é inegável, mas os boatos a respeito da Canon são muito fantasiosos. Ninguém mais, além da Fuji, investe em câmeras Prosumers. São equipamentos cujo preço se assemelha ao de uma DSLR e com a qualidade mais baixa. A Sony investiu em uma câmera muito parecida com essa, a Cybershot R1, que tinha um ótimo desempenho, mas o preço era muito alto. Não acredito na viabilidade comercial de uma câmera dessas se não trouxer a possibilidade de trocar de lentes. E vou mais longe ainda. Se não houver adaptadores para antigos usuários utilizarem suas antigas lentes no novo sistema, a aceitação do novo formato ficara restrita apenas aos consumidores com alto poder aquisitivo ou que estejam se iniciando agora no mundo da fotografia.
Fonte: Nikon Rumors e Photo Rumors