Redação 15 anos atrás
Imagine a cena; você está voltando do FISL, com o carro cheio de Linux Chicks que de dia são desenvolvedores C++ e nos finais de semana são modelos da Sports Illustrated Swimsuit Edition, a caminho da casa em Angra que comprou depois de ficar rico vendendo seu projeto de Sotware Livre para a IBM...
"Blitz, documentos"
Você acaba tendo que praticar um trabalho de sopro no temido bafômetro. Dá uns 8x a dose máxima aceitável. Aceitável por aquele bando de mórmons, claro.
Qual sua defesa?
"Eu quero acesso ao código-fonte do bafômetro. Sem isso ele é uma caixa-preta, não posso confiar nos resultados"
Sabe o pior? Funcionou. Lennie G. House (não somos parentes) foi detido em 2005 por dirigir (alegadamente) alcoolizado, e em sua defesa exigiu acesso ao código-fonte do Intoxilyzer 5000EN, o bafômetro utilizado.
A promotoria e a empresa que produz o aparelho alegaram que a solicitação era descabida, pois o aparelho era homologado e testado por fontes independentes, e seus resultados podiam ser facilmente comparados em laboratório (o que é verdade).
Como o programa não foi fornecido, a defesa entrou com uma moção para suprimir o resultado do bafômetro do caso. Dois apelos, a defesa perdeu, mas foi escalando. Agora a Corte de Apelação do Kentucky acatou o pedido da defesa, mesmo mantendo a propriedade intelectual do referido código-fonte, portanto a defesa terá acesso ao mesmo, mas ficará responsável por sua não-divulgação.
Vai dar certo? Provavelmente não, mas enquanto isso o sujeito adiou a condenação (testemunho dos policiais, mais bafômetro? Nem o Shark salva) usando o que será doravante batizado como... "Defesa Stallman". Na dúvida, questione a credibilidade exigindo o código-fonte.
Fonte: ZDNet