Carlos Cardoso 12 anos atrás
O Gilson já deve ter falado várias vezes sobre o Mito dos Megapixels, de como não importa o tamanho dos megapixels e sim o tamanho do sensor, ruído, etc. Deve ter falado que fotografia é essencialmente luz e não adianta você enfiar dois bilhões de megapixels se a quantidade de luz captada é pífia, etc, etc.
Tudo que ele falou a Nokia não leu, e resolveu ir atrás do pessoal que compra TekPix.
O hardware, claro, é de primeira, afinal é Nokia, então o 808 Pure View vem com lentes Carl Zeiss, gravação de áudio com tecnologia Dolby, vídeo em Full HD, saída HDMI, 512 MB de RAM, 16 GB de armazenamento e um ESSENCIAL slot pra cartão micro-SD.
Junto um sensor cujo termo técnico é “boçal” capaz de captar imagens com 41 megapixels.
Isso dá, em termos de resolução, fotos de 7392×5544. Comprimido em PNG uma imagem dessas ocupa 16 MB. Em RAW12, isso sobe pra 61,5 MB. 10 fotos por CD-R, que tal?
Obviamente o celular não faz filmes a essa resolução. Isso vai bem além mesmo da capacidade da RED, o Rolls Royce das câmeras de cinema digital, que filma a 5K, 5120×2700, meros 13,8 megapixels.
Assim é seguro dizer que ou a Nokia fez mágica ou esses 41 Mp serão totalmente subutilizados, lembrando até os MPx que infestam o Mercado Livre.
Ah sim, pra piorar o aparelho roda Symbian Belle.
Sim, a Nokia ainda insiste no sistema operacional morto e enterrado, mesmo já tendo se tornado a maior vendedora de Windows Phone do mercado.
O Nokia 808 Pure View custará por volta de € 450, em Maio, quando chegar às lojas. Até lá será interessante ver os testes e como os 41 megapixels se sustentam no mundo real.
Fonte: SG.