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Código-Fonte proprietário ameaçando transação de US$ 120 bilhões

Ingleses ameaçam deixar de comprar caças norte-americanos por estes se recusarem a abrir o código-fonte dos sistemas integrados do F-35.

17 anos atrás

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O F-35 Lightning II, vencedor do programa JSF - Joint Strike Fighter é o avião de caça multipropósito de nova geração desenvolvido pelos EUA, Inglaterra e outros parceiros menores. O programa de modernização da frota Inglesa, mais sua participação no projeto somam US$ 120 bilhões, mas agora os ingleses estão pensando em pular fora.

O motivo é que os americanos estão regulando o código-fonte dos sistemas integrados do caça. Segundo as especificações, alterações solicitadas pelos parceiros levam no mínimo 20 dias para serem processadas, o que inviabiliza qualquer programa de desenvolvimento. A alternativa seria abrir o código, permitindo que os ingleses desenvolvam sua própria versão dos sistemas, mas ninguém quer ouvir falar disso em Washington.

O X da questão é que nos aviões modernos, software é tudo. Eles são inclusive instáveis, sem as correções automáticas o piloto sequer conseguiria manter o avião voando. Junte a isso controle de informações de radar, aquisição de alvos, tudo. Estamos falando de um computador com refrigeração líquida, capaz de 40 Gflop/s, desenvolvido pela Lockheed-Martin. Tire o software e você tem uma carcaça atravancando o hangar.

Não é um caso de defender que o F-35 seja desenvolvido em regime de open-source, não faz muito sentido, em se tratando de tecnologia de defesa, mas é uma questão de bom-senso. Se você tem parceiros colocando uma quantia apreciável de dinheiro no projeto, ou são tratados com respeito ou eles vão embora. No caso, para o Eurofighter Typhoon.

Fonte: Slashdot.

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